Monday, December 17, 2007

'foi assim como ver o mar..'

Tão bom acordar cantando, ver a vida com mais ânimo, trabalhar sorrindo, nem lembrar de comer, não prestar atenção em nada; deixar o pensamento vagando no encontro de sábado à noite. No vinho maravilhoso, nas estrelas que nem deu tempo de ver, nas infindáveis estórias contadas, na risada espontânea, no olhar penetrante, no beijo que minha boca ainda sente o gosto, o abraço mais gostoso...ahhh!

Saturday, November 24, 2007

Um ano nas asas de Mariposa

Putzzz. Esse blog está on line há um ano. Dia 14 de novembro fez um aninho que postei o primeiro artigo ('Fracassos Amorosos'), se é que posso chamar de artigos o que escrevo aqui. E já estou me saindo um ótimo marido, esquecendo datas e tal. Flores resolvem? Maridos, me ajudem, por favor!!
Mas enfim, talvez seja o momento ou o melhor momento para agradecer a companhia de todos que lêem essa droga, pedir perdão pelos erros de português, já que pelos erros que cometi na vida, não tem jeito, né, já foi. A vida que me perdoe.
Espero continuar com minhas trapalhadas e contando sempre com seu carinho.
Eu sei...isso já tá virando programa da Hebe, então é um bom momento para finalizar dizendo : fique comigo por mais um, dois, 10 anos. Não perca a esperança, isso ainda pode ficar bom!

Wednesday, November 14, 2007

Cavalo celado?


Na tarde de ontem, ao chegar em casa, me deparei com uma convocação para um concurso público para o cargo de procurador jurídico do Município de Ribeirão Preto para o qual não tinha me inscrito.
Achei que se tratava de algum engano, sobretudo porque a prova já se realizaria neste domingo, pé de cachimbo, que espero não seja de barro e seja sim, minha salvação.
Enfim. Serafim, reze por mim! Rimim!
Fiz esse concurso em 2.004 e fora anulado sabe Deus o motivo (ainda não tive saco pra ler o edital!) e reconvocaram o pessoal para as provas que, na época, fui muito mal porque não estudava. A tá..e agora você estuda???
Quem sabe Deus mandou um cavalo celado na minha porta para me salvar da central de loucuras?
Na pior da hipóteses, vou beber um chopp na terra do Pingüim. Um? A quem eu quero enganar?
Concursos deveriam ser de sábado, não? Como diria minha amiga estimada Ana Cândida, que reencontrei hoje na porta do supermercado. Sim, querida amiga, que saudade, devia sim ser de sábado a prova, pra gente poder comemorar depois, né?
obs.: se você chegou a ler este artigo como 'cavalo selado', me perdoe pela ignorância!!

Friday, November 09, 2007

Vela

Trinta e três anos e um dia, no diário de bordo de mariposa. O saldo? Vejamos. Minha mãe quase me enforcou na blusinha de Penélope Charmosa que vestia ontem. Também quase fui atropelada pelo Rafael Agostini. Umas das velas do 33 se quebrou. Nesse instante, um sopro forte de vento invadiu a sala de reuniões, que ontem, era mesa de docinhos e salgadinhos. Os olhares furtaram-se às velas, uma se partiu, bem ao meio, sem conserto, sem cola. Uma mensagem do destino? Um mau presságio? Não sou supersticiosa, mas enfim, algumas horas mais tarde, estava eu ao lado de uma amiga querida velando o corpo de seu pai, onde fiquei o resto da noite e da comemoração pelo nascimento.
Entre a celebração da vida e a despedida, pela morte, parei instantes. Como podia, há algumas horas estar tão imensamente feliz e dali instantes, chorar a tristeza de meus amigos? Porque estamos vivos.

Thursday, November 08, 2007

Diga t r i n t a e t r ê s


No ano 1.974, aos dias 08 do mês de novembro, perto das 12 horas, há exatos 33 anos atrás, numa pobre manjedoura, nascia ... ai, não força! Enfim, veio ao mundo a garota que salvaria seu sorriso da tristeza. Uma palhaça, talvez. Ou só uma estúpida menina feliz. Menina? Agora você se deu todos os bônus, hein! Há mais de três décadas era, né. Bom, a advogada sem causa (ou sem calça?). A judoca laranjona. A pior amiga de seus amigos.
A mariposa desiludida ou iludida, que um dia já foi apaixonada, porém ainda não encontrou Arlindo Orlando, e que, no seu blog preferido, narra os mais incríveis fracassos amorosos.
A festa será no campo do XV, com show pirotécnico, entrega de brindes mariposamente autografados, participação de famosos, incluindo o Bozo e suas bozetes, luta de mulheres na lama etc. Estão todos convidados!! (ai, meu Deus, ainda vou ser presa!!)

Tuesday, October 30, 2007

Paca, Tatu, Cotia não

E lá fui para mais uma aventura na Grande São Paulo. Estive em Cotia, no meu melhor disfarce de advogada. Fazendo o quê, até agora não sei também. Mas posso dizer que não obtive nenhum sucesso. Sei também que não gosto de me ausentar. Parece que tudo resolve acontecer quando não estou. Nenhum dano aparente, além das trapalhadas de sempre. E eu lá no meio dos 'bacanas' e juízes jovens.
É curioso estar no meio dos ‘bacanas’. – Lembra daquela vez que esquiamos em Aspen? E você ali tentando lembrar quando foi a última vez que conseguiu férias e esteve no Boqueirão.
Que fome, meu Deus! Os bacanas não sentem fome e eu ali querendo comer até a perna da mesa. Ah..Mas tem que parecer fina, né.
Mas ôh cidadinha feia, hein.

Tuesday, October 16, 2007

Química


Meu Deus, estou em choque. Acabo de retornar do mercado aqui perto de casa, em que faço minhas comprinhas de emergência, e quando lá estava na fila do caixa. procurando minha carteira e dinheiro perdidos pela bolsa, ouço uma voz familiar me chamando pelo nome.
- Olá, quanto tempo!!! disse a moça.
Olhei seus cabelos mal tingidos de preto, muitos fios brancos à vista, uma silhueta que mais se assemelhava a uma velha matrona, e aqueles olhos azuis que julguei jamais ter visto um par mais lindo me encarando, palidamente, perguntando como estava a minha vida de química famosa.
Quanto tempo mesmo!
Essa moça tinha sido a menina mais linda do cursinho em que estudei, quando ainda me preparava para ser a química famosa que jamais fui.
Nunca tinha antes visto uma garota tão deslumbrante. Cabelos perfeitos, um corpo escultural, os olhos de um azul profundo de uma piscina num dia de calor intenso, e como era inteligente a garota! Ela era perfeita. Qualquer homem cairia de quatro por ela.
Esclareci que abandonara a química nos primeiros seis meses de curso e voltei correndo aos braços das ciências humanas, de onde jamais deveria ter-me desviado. E que hoje era advogada, há quase nove anos, e nada famosa,a propósito.
Mas e você, minha querida perfeição, que curso foi esse que fez de você o revés de toda a beleza? Rapidamente, ela aguçou a minha curiosidade, dizendo que apenas era mãe e esposa, num tom bastante desanimador, como quem carrega o mundo nas costas (acho até que caberia naquela imensa massa corpórea).
Naquele momento me senti feliz no caminho triste e solitário que escolhi, o caminho em que ainda posso delinear meu rosto e meu corpo e ouso dizer, encontrar minha felicidade.
Não sei quem está certa. Se quem escolheu a maternidade e um esposo; se quem optou pela profissão ou a profissão que escolheu sua solidão; ou quem conseguiu (ou disse que conseguiu) conciliar tudo isso. Não sei se existe algo certo. E nem importa agora.
Só sei que não existe mais volta, assim como a reação química jamais se reverte porque se transformou.

No seu cipó ou no meu???


O artigo que hoje escrevo vai fazer você, doido(a) que lê esse blog, pensar que vivo na selva.
Não. Moro na cidade e vi um jacaré. Vou repetir a frase para eu mesma acreditar no que estou escrevendo. Eu vi um jacaré!! É sério!! Tem até um prédio na rua onde moro.
No entanto, há também o rio e seus inúmeros bichos estranhos.
Ninguém, exceto minha mãe, acredita em mim, porque ela também viu o perigoso réptil. E confesso, até testemunhar seu habitat na chácara ao lado da minha casa, também acreditei que Srª Marizete estava ‘vendo coisas’.
Sou uma amante da natureza, claro. Adoro o meio do mato, o cantar das cigarras do mês de outubro, acordar com os passarinhos, mas nada que tenha aqueles dentes, um rabo enorme e quase um metro de extensão.
Sei que ando cansada. Que preciso de férias. Não, não vou jantar com o Tarzan esta noite, ele preferiu sair com a Jane, já que ela sempre tem bala Chita no bolso e nenhum bolso, né, como é que vou com aquele mini-vestidinho??? Ah... Covardia!

Sunday, October 07, 2007

Nem sei se quero dar um título a isso..

Não entendo a maldade por maldade. Não que eu costume entender alguma coisa, mas a maldade ainda é o que mais me intriga. Principalmente quando vem de graça. Você está ali, quietinha no seu canto, procurando, talvez não ajudar, mas também não atrapalhar ninguém e de repente, toma aquela 'voadora' de encontro ao estômago e nem bem entende de onde surgiu.
Sinceramente gostaria de dizer que revidei. Que dei o troco à altura. Que saí por cima. Mas não. Fiquei parada, sem entender e sem nada fazer a não ser ficar triste.
Minha amiga, quase irmã, Angelina, que é uma mulher que muito admiro por sua força e coragem de seguir, disse que 'o mundo dá voltas'. Mas não, sei, minha amiga, tenho a impressão que em todas as voltas estamos sempre com um pacotinho de 'sal de frutas' no bolso.
A humilhação tem sabor amargo, só tenho suportado porque sei que é injusta, contudo, sem nada compreender.

Sunday, September 30, 2007

eu e a ivete


Na linda manhã de sábado que fez ontem, em meio ao brilho dos raios solares matutinos, fui eu comprar langerie, em outras palavras, calcinhas, numa famosa loja de departamentos.
Estou lá na fila feliz com minha compra e minha cestinha com itens promocionais e de muito bom gosto, quando uma jovem atendente me pediu a cesta para a retirada dos cabides. Despejou o conteúdo da cestinha numa bancada em frente à fila de espera e foi retirando item por item sem qualquer noção ou piedade da minha vergonha. Olhares curiosos se voltavam para as mãos da atendente. A tá..agora estranhos sabem que calcinhas visto, cor, tamanho, modelo etc. Onde estão os lençóis freáticos para eu colocar minha cara? Perguntei docemente ao gerente da loja. Prontamente o moço pediu desculpa em nome de todos os funcionários e me deu um lindo tapete de presente como bônus da famosa loja. Foi o melhor presente para a minha dignidade, pude colocá-lo na cabeça e sair dali com meus pertences íntimos, agora famosos.

Thursday, September 20, 2007

Maringando

Ontem conheci a cidade de Maringá, no Estado do Paraná.
E lá fomos nós, eu, meu fiel escudeiro e o Maguila, motorista. Nos primeiros 45 minutos de viagem, o carro quebrou. Chegamos a uma auto-elétrica, onde já fomos chegando e acordando o sujeito. De onde ele saiu, vieram três cachorros que não paravam de se coçar. Pensei que a qualquer instante, o sujeito ia pender uma perna e se coçar também. Como já estava previsto no script , brigamos com o desinfeliz. Nenhum dano aparente e seguimos viagem.
E depois de um longo inverno congelante por causa do ar condicionado, chegamos à bela cidade paranaense.
Estava prevista uma audiência para o início da tarde, o que não ocorreu, pois foi suspensa minutos antes de colocar os pés no edifício do Fórum.
Não, Sr. Juiz, eu adoro acordar às quatro da manhã, ficar com a bunda achatada por viajar 10 horas, no bate e volta e chegar aí e ver minha audiência suspensa. É o sonho de todo advogado. Perceber que perdeu tempo e dinheiro. É bom para se poder morrer logo de infarte aos 40 anos.
E o Maguila e seu pé pesado, 133 Km/h, tudo para poder chegar em tempo de ver a novela das oito. Oi seu Guarda! O Sr. Não viu a velocidade que estava? Ver eu vi e só não sabia que o senhor também tinha visto. Multa interestadual!
Mas o que mais gostei do passeio, bom..vou chamar de passeio, vai....foi a frase do pára-choque de um caminhão que traduziu todo o episódio maringaense : “nóis não aparpa”

Saturday, September 15, 2007

Memória da dor

Essa semana foi incrível. Estive muito doente. O trabalho se acumulou. E força? Senti uma estranha fraqueza e a triste constatação de que não domino meu corpo. E como precisava de minhas forças!! E isso é incrível? Foi horrível, pra dizer a verdade. Não ter vontade de nada, só ficar deitada, não conseguir comer ou beber , ficar sem dormir.
Mas em meio a tanta dor, o que aliás, aos poucos estou vencendo, consegui vencer, também o trabalho. Bom, quase vai. Sobrou bastante coisa para o final de semana, mas vamos tocando.
E as boas notícias!! Os filhos dos amigos que virão em breve com a cegonha e a feliz reconciliação com um amigo querido.
Sinto uma paz incomensurável. Adoro essa palavra!! Quero congelar esse sentimento e nunca mais me esquecer dele. Essa sensação é a tradução da felicidade no meu hoje.

Tuesday, September 11, 2007

Expelindo sapos

Fui ao médico hoje. Ao otorrinolaringologista. Cacete! Dá nó na língua falar isso! A localização do consultório, não soma 1 quarteirão e meio de casa; aliás, dá pra ver minha casa da sala de espera do doutor. Mas fui de carro. Seu problema é no pé? Não, é na preguiça de andar. A fraqueza motora não vem ao caso, no momento. Voltemos ao otorrino. Pois bem. Depois de amargar cinco dias de uma terrível dor no lado esquerdo da garganta e de tomar uma infinidade de medicamentos que só me deixaram dopada e enjoada; aproveito o ensejo para me desculpar com a medicação genérica (acreditei que não melhorava em razão disso), mas não, eu só tomei medicamentos que não eram adequados ao problema; enfim vejo a luz no fim da faringe. Não vou dizer que passou a dor por completo, ainda que seja bom passar logo, já que a farmacêutica viu minha bunda hoje, e não aguento mais beber só do lado direito (é uma técnica tântrica!).
Moral da estória: ah..tudo tem que ter moral, agora??
O que tinha nessa injeção, hein??

Saturday, September 08, 2007

Pernalonga, me ajuda!!

Estou eu aqui, nesta linda tarde ensolarada de setembro, com uma dor de garganta irritante, e com minha mais nova aquisição, o Renew Clinical Thermafirm Lifting Creme Facial + Renew Clinical Gel/Creme Corretor p/ Área dos Olhos, da Avon, comprado pela bagatela de R$54,90.
Só tem um problema, cara revendora da Avon. Este creme, como você e milhões de usuárias da Avon já sabem, foi feito às mulheres maduras, ou seja, que não são menininhas. Então, por favor, redijam o modo de usar dessa desgraça com letras que até as coroas possam ler. Não num mini folderzinho com letra de bula da formiga atômica!!!

Friday, September 07, 2007

Redenção

Admito. Andei muito chateada por esses dias. Até revoltada, talvez. Mas vou tentar me redimir com este novo artigo, no dia da Indenpendência do Brasil, aliás, obrigada D. Pedro.
Curioso que é o que me entristece hoje foi justamente o que fez de mim o que sou. Sim. Porque sou todas as pessoas que por mim passaram, todas as experiências amorosas, de amizade, de trabalho, de equipe, em que pude roubar um poquinho de cada um e de cada passagem.
Cada frustração, cada lágrima perdida, cada desastre amoroso, aliados aos livros que li, às músicas que ouvi e os amigos que me acolheram, construíram a mariposa.
Portanto, a todos os canalhas, cafajestes e aproveitadores que passaram por minha vida, fiquem com o meu muito obrigada!!

Tuesday, August 28, 2007

Onde está o Sidney???

Voltei aos treinos de judô hoje. Que delícia rever a galera. E que festa!!! Saudade de todo mundo!! A tá..já tinha amarrado erradamente a faixa! Que vergonha. Tanto tempo longe do tatame! E a memória se vai..
Toda aquela formalidade para cumprimentar ajoelhado. Sinto que teria câimbras. Ai, que bom começo!!! E vamos nós. 30 voltas correndo no tatame. Na terceira, já estou com a língua pra fora e só andando. E vamos para os golpes, cai para a direita, cai para a esquerda. A uma certa altura, eu já estava levando golpes até do bebedouro. Água, pelo amor de Deus. Óh líquido maravilhoso!!
Ushimata? Como era mesmo? Alguém...me ajuda!! Gigoro kano, me ajuda!
Fui treinar com um sujeitinho besta. "Por favor, faça qualquer golpe, mas só não cáia em cima de mim" Ecaaaaaaaaaaa. Senti vontade de cair de bunda na cara dele e sufocá-lo com a magnitude de minhas avantajadas nádegas. Mas daí me toquei que ele era faixa marrom e eu uma reles faixa laranja, aliás, bem laranja.
Aguentei bravamente o treino até seu final (com o som mais lindo do universo judoca - matê), como se minha educação espartana permitisse que abandonasse antes. Sou brasileira...
Não sei como vou e se vou acordar amanhã. Mas posso dizer que não foi uma grande idéia fazer 30 anos. Ainda que eu me orgulhe de ser a judoca mais velha dali. As mulheres da minha idade estão ocupadas sendo esposas e mães. Enquanto não me ocupo com isso, vamos lutando..

Thursday, August 23, 2007

Licença

Quero postar um poema maravilhoso, de E.E. Cummings. Sempre que o leio, choro. Se um homem me disser isso, algum dia, me arrasto a seus pés por todo o sempre.

"Carrego seu coração comigo,eu o carrego no meu coração.
Nunca estou sem ele
onde quer que eu vá você vai, minha querida
e o que quer que seja feito somente por mim é feito por você, minha querida.
Não tenho medo do destino, pois você é meu destino, minha doçura.
Não quero o mundo, pois você, linda, é meu mundo, minha verdade
e você é o que qualquer lua tenha sempre significado
e o que quer que um sol cantar será sempre você.
Aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe,
aqui está a raiz da raiz e o broto do broto
e o céu do céu de uma árvore chamada vida,
que cresce mais alta do que a alma pode ter esperança ou a mente pode esconder.
E essa é a maravilha que mantém as estrelas separadas.
Carrego seu coração
eu o carrego no meu coração."

Lepidópteros crepusculares*

Fiz uma descoberta triste. Gosto de ser a mariposa. A personagem se tornou real.Mas sabe? Sinto uma estranha felicidade em voltar aqui na minha mais incrível caracterísitica : a desilusão.
Oh, prazer pela dor!! Que também é um prazer pela liberdade. Não que eu seja uma amante da noite, da balada. Sou até bem caseira. O compromisso descompromissado tem me deixado inquieta. Eu só queria um colo, mas um colo acolhedor, que me dissesse 'vai ficar tudo bem' e 'vou estar aqui, sempre'. É difícil??





*mariposas.

Wednesday, August 22, 2007

Enquanto isso...na Sala da Justiça...

Quando eu era criança, queria ser a Mulher Maravilha. Usar aquele colant cheio de estrelinhas, ter aquele cabelo esvoaçante e sair no meu avião transparente salvando o mundo.
Tinha tantos ideais, convicções, sonhos. Que pateta!
A tá..você cresceu (na medida do possível, dentro em meus 1,55m) e se tornou advogada. Pera aí. O advogado é indispensável à administração da justiça e não fui quem disse, foi a Constituição Federal. Não brigue comigo!
Enfim. Não sou nem a sombra da grande mulher que queria ser. Desisti de salvar o mundo. Só luto com a balança (oh, briga eterna!!). Mas gostaria de ter uma avião transparente.

Tuesday, August 21, 2007

About me expirado

Sinto dizer que minha apresentação está com a data de validade expirada. Venceu. Embolorou. Estragou?
Ainda tenho 32 anos, pelo menos até novembro. Tento ser advogada por todos os dias de minha vida, sem exceção. Não fumo. Eca. Bebo eventualmente (é sério!!). Não me casei, nem tive filhos (nem dava tempo, né). O judô não me vê hás uns três meses de preguiça e falta de coragem. Café só com adoçante, o que fica um sabor de magnopirol com novalgina (oh, meu Deus...como é dificil fazer dieta). Os romances empoeirando na prateleira.
Ah! Ainda sou a Mariposa, talvez mais apaixonada que desiludida..

Sentimento e pensamento

Será que o coração dói na intensidade do pensamento? É exagero do cérebro a dor? Creio que sim. Já me explico. Embora hoje seja meio difícil explicar qualquer coisa que habite meu coração ou meu cérebro.
Enfim. Tenho a impressão que muitas vezes fomos educados para sofrer. Para nos desmanchar em lágrimas com a morte de um ente querido, ou para arrastar correntes quando um amor é desfeito. Será que a torpeza humana é capaz de tão nobres sentimentos? Isso mais parece pensamento. Penso que estou triste. Mas estou? Sinto mesmo essa dor? Ou me ensinaram que deveria sentir assim? Os filmes, as músicas contam estórias belíssimas de amores trágicos. Mas isso é amor? A tragédia não tem nada a ver com amor. O amor salva. O amor é uma renúncia de nós mesmos pela felicidade do outro.
Penso que tudo é pensamento. O pensamento é real. Mas é real o sentimento? Se se ama aguém, tem de ser para sempre. E por que acaba? Se é amor, acredito que não acabe nunca, e isso é sentimento, não pensamento.

Sunday, August 19, 2007

Não tenho pipi

Vi um outdoor de propaganda que mostrava um cara tirando a calça, aparecendo a cueca e quase saltando seu instrumento para fora. Não me lembro a respeito de que produto era a propaganda, tal foi meu choque ao ver aquela cena. Não, não sou puritana. Mas me assusta a forma com que o mercado quer transformar mulheres em homens. Nós não somos assim. Ver um homem nu ou quase nu não nos excita nem um pouco. Está firmado pela jurisprudência feminina dominante que a nossa excitação vem com palavras, com carinho, com gestos afetuosos. Não com a imagem de um cara se despindo. Nem o rosto dele o outdoor mostrava. A imagem enfocava somente a região peniana do rapaz.
Se fosse a foto de garota certamente faria o maior sucesso. Com toda certeza, os homens iriam sair babando dali. Mas o efeito causado nas mulheres é muito mais choque que excitação. Não adianta, não temos pipi.

Thursday, August 16, 2007

Aventuras na Terra da Garoa

Estive em São Paulo por esses dias para realização de um curso jurídico. O curioso é que hospedei em frente ao aeroporto de Congonhas. Nenhum avião caiu em minha cabeça, por sorte. Cometi algumas trapalhadas costumeiras na Paulicéia, mas nada comprometedor da minha integridade física e moral. Entre as juris e as prudências do curso, que, aliás, foi muito produtivo, até que me contive nos glicídios e protídios.
E não há como não se encantar com aquela cidade. Aquele mar de prédios encarando nossa visão, a pressa de todos (por que em São Paulo, todo mundo está sempre apressado???), aquele cheiro estranho, as vitrines maravilhosas, o espelhamento dos prédios, o sol caindo atrás de tantos edifícios, o chuveiro maravilhoso do hotel..
Mas confesso que ao chegar à Rodoviária, no retorno, e ver o letreiro do ônibus piscando 'J A U', me causou um sentimento tão gostoso, com gosto de sopa quentinha, uma vontade de estar com meus amigos e colocar as mentiras em dia.

Sunday, August 12, 2007

Escolha

Estava aqui ounvindo um clássico da minha adolescência nos anos 80..."A fórmula do amor" com o Leo Jaime, que muitos nem sabem que já existiu, e o imortal Kid Abelha. Na época era meu hino. Como eu queria, nas aulas de química do prof. Vanderlei, encontrar as combinações dessa fórmula. Pois é. Os anos se passaram e os problemas continuam os mesmos. O amor! O eterno tormento! Hoje não acredito mais nisso. Por mais que você procure, Leo, não vai encontrar a fórmula do amor. Nem sei se você procura por isso.
Não quero parecer fria ou descrente. Mas o que é o amor? Escolher um bom provedor, que tenha uma aparência razoável, um emprego que baste aos passeios e conversas que terão, que possua um meio de transporte adequado, uma família saudável. Isso é amor? Ou escolha?
Você não vai se apaixonar pelo cara que enche o pneu da sua bicicleta, vai? Ou porque faltam a ele os dentes da frente, ou porque ele disse : pode ir, sem pobrema, dona. Mesmo que ele se pareça com o Gianechini (sei lá como se escreve isso). E olha que eu morreria pelo Giane.
Talvez, mas só talvez, na época do prof. Vanderlei e as intermináveis aulas de química, eu fosse capaz de amar ou de me apaixonar infnitas vezes até pelo cara da bicicleta.
E não adianta tentar resgatar aquele sentimento. Ficou pra trás. Nada do que foi será do jeito que já foi um dia. E isso é outra música e outra estória...

Saturday, August 11, 2007

Monday, August 06, 2007

Relatos

Tenho uma frustração na vida. Gostaria de ter sido escritora. De passar a vida contando meus despautérios, minhas desilusões, ilusões, paixões, amores, saudade, meus sorrisos, enfim, descrevendo, inventando estórias, colocando finais tristes (não gosto de final feliz...é muito irreal). Me apaixono por estórias dramáticas, por amores impossíveis. Já causei muitas paixões. Mas amor, amor verdadeiro, já tive?? O amor não se perde com o tempo, é eterno, mas é cotidiano, precisa ser alimentado a cada dia.
Por um lado, alegra-me minha vida solitária. Fazer o que quero, quando e como quero. Gosto de ser a mariposa que aqui é mulher forte, dona de si, dominadora. Mas faz falta ser a menina protegida, frágil, esperando um carinho.
Talvez faça parte de mim a solidão e a ela tenho me acostumado e até gostado. É interessante ver a vida do lado expetadora. Observar os outros, perceber suas fraquezas e constatar que não são maiores ou menores que as minhas, apenas diferentes. Ou talvez seja diferente o modo de ver a vida.
E olha que sempre pensei que somente seria feliz ao lado de alguém. Ainda persigo isso. Mas se não acontecer..não será o fim do mundo. Será?
Penso que a vida foi feita à família. Não há muito sentido ser diferente. A vida toda está pautada nisso. Em achar seu par ideal ou o que mais se aproxime disso. Ter lindos bebês para herdar seus melhores defeitos e ir morrendo dia a dia. Talvez não seja tão rápido assim. Ou talvez seja.

Sunday, August 05, 2007

Às minhas amigas

Hoje vou escrever às minhas espinhas. À doença, segundo o Aurélio, de natureza inflamatória, e de que há vários tipos, e que compromete as formações cutâneas pilosas e sebáceas. Às bolinhas rosáceas que me acompanham desde a puberdade, sem qualquer trégua, diria, sem nunca me abandonar. Confesso que preferiria menos fidelidade. E não por nada, mas custava vocês irem florear outro jardim???
Quanto tratamento, laser, pomada, creme, peeling, receitas caseiras, mel, limão, tomate, bate tudo, mistura com vodka que fica um coquetel supreendente. E elas continuam ali, firmes e brilhantes.
Minha mãe, que se aproxima dos 60 anos, ainda tem espinhas. Deve ser o meu caminho também, rodeado por tantas rosas.
Na verdade, não as odeio mais. Aprendi a aceitar sua presença, quantas vezes marcante. Já fazem parte de mim, aliás, se alimentam de minhas glândulas.
Mas no nariz, não, né!!!

Friday, August 03, 2007

Para uma vida toda

Anos e anos domando meu cérebro inquieto e compulsivo me renderam alguma calma, muita paciência, ouso dizer equilíbrio, toda compreensão. Recebo bem ordens. Não sou rebelde. Já deixei até a criatividade, se é que algum dia a tive. Há quem diga que é amargura. Pode ser. Tudo para parecer normal, contida, reprimida, educada, polida.
Na verdade, consegui fazer de mim uma grande patife e mais nada. Talvez tenha aguado o que havia de mais belo para me transformar naquilo que todos esperam. Porque é mais fácil. Não precisa fazer nada. Ninguém vai notar. Sem qualquer graça ou beleza. É só mais uma que vaga o corredor da vida. Que passa..
Mesmo que minha vida seja de mentira, percebi que o sentimento é maior que tudo. E que muitos anos podem passar, mas no pior dia, no pior dia mesmo de nossas vidas, ao final do dia, você vai sorrir para mim e tudo vai ficar mais fácil.

Friday, July 27, 2007

Há muito, queria falar ao tempo...

Não é raro ouvir da boca de alguém que ‘esse filme é legal, ajuda a passar o tempo’. A vida se resume a isso : esperar o tempo passar? Alguém quer mesmo que ele passe? Ou só queremos que passe? Cruzar os braços e esperar. É tudo que podemos fazer. Por que, então, travamos uma briga absurda quando o dia se vai e não demos conta de todas as tarefas atribuídas àquelas finitas 24 horas? Por mera tortura, acredito. E para haver uma doce ilusão de que se luta contra o destemido senhor dos ponteiros.
Tudo é questão de tempo. Tudo é tempo. O nada também. A dor passa, a alegria também, e o tempo continua, sem nada esperar. Mas não é ele que tira a dor ou a alegria. Sua passagem apenas torna nossa torpe lembrança mais distante. É opção carregarmos a dor. Está no coração, manter o sorriso.

Thursday, July 12, 2007

Tia Fafá

Meus sobrinhos vieram passar as férias em casa ou 'na Jaú', como os doidinhos preferem. E Tia Fafá pra cá, Tia fafá pra lá e preciso de um saco de dinheiro. Onde deixei o meu???
A casa fica de ponta cabeça! Esconde os documentos importantes em lugares que depois nem eu vou encontrar. Faz brigadeiro de madrugada. Tenta salvar o gato de um apertão desfalecedor. Assiste ao 'Mágico de Oz' duzentas e quarento e oito vezes, mas abraça os pequenos na hora em que a Bruxa do Norte aparece...mulher horrível! Ou era do Oeste?
Mas aquele sorrisinho inocente apaga qualquer diabrura que possam ter feito.
Não tive filhos. O bom é que minha irmã já garantiu a continuidade da espécie com a edição da Julia, 8, e do Saulo, 4.
Enquanto isso ataco de tia.

Tuesday, July 10, 2007

Fim. Depois de três anos e meio sem sequer colocar uma única mísera gota de álcool na boca, ontem, dia 09.07, dia da revolução de 32, eu, Mariposa Desiludida, conhecida em outras bocas também por Fabiana, enchi a cara de cerveja.
Ri muito, se é que isso é novidade. Cantei Vando... "você é luz, é raio, estrela e luar...", assisti minha querida amiga levar um tombo triunfal na escadaria do barzinho, comi uma gordureba sem limite e me afoguei no velho e bom amigo copo de cerveja. Muitos e muitos copos.
Fora a cara de bêbada que fui obrigada a encarar hoje pela manhã, não estou sentindo nada de errado, sem ressaca, sem dor de cabeça, sem gosto de cabo de guarda-chuva (quem inventou isso, hein? E alguém já comeu guarda-chuva, fora aqueles de chocolate que grudava tudo no céu da boca???).
Acho que era isso que eu precisava!!
..." meu iá iá meu iô iô..."

Saturday, June 30, 2007

28 dias

Há exatas quatro semanas, a Chiozzada se reunia com alegria para festejar bodas de casamento. Hoje, com grande tristeza, reuniu-se novamente para se despedir de um de seus entes mais queridos.
Uma mulher forte que deu à luz 6 filhos, 12 netos (será que me esqueci de alguém?), 2 bisnetos; sendo que enterrou dois filhos, um genro e o marido.
Vai com Deus, Tia Vilma, e os que ficam celebram a lembrança de alguém que soube tão bem lidar com a vida e a morte.
Esteja em paz.

Thursday, June 28, 2007

DEUS

Não consigo imaginar minha vida sem Deus. Até mesmo nos momentos em que neguei Sua existência, senti suas mãos sobre os meus cabelos. E olha que tentei, hein, viver sem Ele. Mas como? Já escapei de tantas situações perigosas e saí ilesa. Sei que foi a presença de Deus, ainda que muitos me achem uma tola por acreditar. E digo mais : amo acreditar. Mesmo que eu não viva suas palavras, sei que Ele jamais se esquece de mim.
Esteja comigo.
Sempre.

IRMÃOS BROTHERS

Meu irmão já beijou. Ahhhh...o primeiro beijo! Que coisa mais doce. Cara, ele cresceu! Vai fazer vestibular e para Direito. Vai seguir o passos da irmã e do pai. Pobrecito!!
Temos mais de 15 anos de diferença de idade, mas quando estamos juntos o carinho cuida de aparar todas as arestas.
Sinto por não ter participado mais de sua vida e termos nos encontrado tão pouco; em razão de falta de tempo, e, talvez, confesso, por um tantinho de ciúme.
É um pouco estranho ter um irmão tão mais jovem; não ter dado uns tapas na sua orelha, brigado pela posse do controle remoto ou dividido um prato de brigadeiro assistindo “sessão da tarde”.
Mas me orgulho que tenha-se tornado um ‘puta cara’, ainda que eu nada ou quase nada tenha contribuído para a grandeza da sua alma. Exceto pelo fato de ser pagodeiro e palmeirense. Toca cavaquinho agora o moleque! Ninguém é perfeito!!
Parabéns pelos 17 anos de pura beleza, meu querido.

Monday, June 25, 2007

Enganação

Tenho me sentido uma grande picareta por esses tempos no meu trabalho. Faço somente o mínimo, deixo coisas para trás; não me empenho como antes fazia. Que cansaço, meu Deus. E que irritação. Talvez seja o momento de dar uma pausa e de repensar se realmente vale a pena viver assim. Sinto que estou à beira de um grande ataque ou de uma depressão muito forte. Se bem que nunca conheci nenhum advogado sadio mentalmente. São sempre pessoas agitadas e elétricas. Talvez nessa loucura eu tenha me encontrado e conseigo até transpirar alguma calma.
E vamos à mais uma mudança!! Parece que mudar é algo constante na minha vida. Não suporto situações mal resolvidas. Vou deixar o escritório em que trabalho atualmente. Desconfiança, cansaço e insatisfação gera uma mistura muito desagradável. Não posso deixar essa situação fazer criar qualquer desamor ao Direito, meu grande amor.
Estar bem é o que realmente importa, o resto é pura enganação.

Wednesday, June 20, 2007

A grande furada

Gostaria de entender a tênue linha que separa um grande amor de uma grande tragédia. Nessa minha vida de tentativa de ser advogada, vi diversas vezes uma mesma estória se repetir.
Há um casal em que ele é tudo para ela e ela, e ela, claro, é tudo para ele. Os dois fazem concessões que raiam a verdadeiros sacrifícios para estarem juntos; ela deixa de ir ao shopping com as amigas nos dias e finais de semana, ele larga o futebol e o chopinho. Os amigos que vêm são casais em situação econômica similar à sua e logo deixam de encontrá-lo porque ficaram chatos. Em suma, o mundo se divide em quem compartilha desse amor e quem não compartilha. Claro que somente os pombinhos compartilham desse amor e o mundo passa para um segundo plano.
E passam a ser amantes, amigos, confidentes, companheiros, irmãos. Fazem tudo juntos, passeiam, trabalham, se divertem, choram, brigam, fazem as pazes.
E de repente, se pegam aos tapas, rasgam as fotos, destróem as melhores lembranças.
Na verdade não é 'de repente', é um processo até que demorado até essa sufocação de tanto "eu e você" se tornar lágrimas e talvez até tapas.
Não duvido de que tenha havido amor ou quem sabe, somente uma grande paixão. Acredito que o sentimento tenha sido muito grande mesmo.
Mas a vontade exagerada de estar junto acaba por sufocar o maior amor do mundo. E que amor sobreviveria, não??
Nenhum.

Monday, June 18, 2007

Números

Odeio números. Odeio quando mjnha mãe diz : "tudo são números" Se assim for, odeio "tudo". Não sei de onde vem esse ódio todo e há quem diga que o ódio é uma forma de amar (isso me dá arrepios). Lembro-me que havia uma época que eu pensava que os dominava. Cheguei até mesmo vencer uma 'maratona de matemática'. Tudo bem que fui motivo de piada em razão disso, porque quando minha irmã venceu, ganhou uma medalha de 'honra ao mérito'; quando então chegada a minha hora, ganhei dois pirulitos, enquanto que os demais concorrentes ganharam apenas um (um é número, dois também, odeio pirulito e quem fez isso também...ai, que rima rica).
Enfim, não sei quando se iniciou esse desamor. Pode ter sido com os pirulitos, pode ter sido anos mais tarde quando tive a infeliz idéia de cursar química. Pois é...eu fiz isso. Há um passado negro por trás dos números.
Eu deveria ter sido advogada!

NADA É PARA SEMPRE (MESMO!!... Graças a Deus)

Passei o final de semana na cidade de São Carlos, na companhia de amigos. A cidade da tecnologia que está mais linda do que nunca. Quantas boas lembranças daquele lugar.
Recordamos o local em que tomamos um porre fenomenal quando do 107º exame da ordem, há quase nove anos atrás. Deve ter sido um dos maiores 'pileques' da minha vida; mas tínhamos licença poética para isso, não é mesmo ? Aquela prova era a tortura em vida dos estudantes de Direito. É assim até hoje.
E quem poderia prever o futuro que, à época, era tão certo, todo calculado. E nada do que estava previsto aconteceu. Eu iria me casar com meu primeiro namorado que era então meu noivo, seria advogada junto de meu pai...ah, e claro, seria aprovada no exame da ordem.
Não me casei. Depois daquele noivo se seguiram ainda mais dois. Trabalhei com meu pai até ano passado, pois agora sigo sozinha. Fui aprovada no exame, todo aquele álcool não foi desperdiçado em vão.!!
Nunca me imaginei trabalhando com Direito Tributário e Administrativo que hoje são meu viver.
Os amigos continuam os mesmos, só com menos tempo e disposição alcóolica e, no meu caso, abstinência total (quem diria?).
Preocupo-me com o dia em que não puder mais realizar mudanças. Foi isso (mudar) que tornou minha vida, vida.
Não posso afirmar se a mudança foi melhor que o plano original, apenas posso afirmar que sou uma estúpida feliz e fiel ao que virá, sem me importar se amanhã estará tudo no mesmo lugar.

Monday, June 04, 2007

Chiozzada

Sábado o clã Chiozzi comemorou bodas de pérola de meus tios, o que deve ter-me rendido uns dois quilos de açúcar e glúteos.
Aliás, notei que meus largos quadris têm origem genética. Nem os homens escapam à maldição. Até o(a) mais magrinho(a) vinha lá rebolando aquela buzanfa enorme.
Mas foi muito divertido cantar "Galopeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeira, nunca mais te esquecerei" abraçada a meus lindos e alcoolizados primos. Como crescem esses meninos!!!
Em tem sempre aquela prima que chora e bebe e chora e continua bebendo!
O primo que jovem perdeu os cabelos é sempre o mais caçoado. E eu tenho um tio português. É sério!! Made in Ilha da Madeira! Por sorte, ele não foi. Mas a Chiozzada compareceu em peso no seu melhor estilo equilibra-copinho, todos com a língua afiada para perguntar porque não me casei. Óh, céus!!
E quem precisa se casar se tem docinho de damasco com creminho e chocolate?

Friday, June 01, 2007

Poderes para o bem

Está decidido. Vou voltar a lutar judô. Ampulhetas, por favor!
A falta de tempo e de disposição andam me deixando chateada. O compromisso acaba por me torturar também. Não gosto da pressão de ter de comparecer, de marcar ponto, de ter de lutar, de competir, de ganhar a qualquer custo, de trazer medalhas.
O judô é terapia para me aliviar de todas as pressões por que já passo diariamente. Não para dar vontade de testar se realmente aquele golpe quebra mesmo o pescoço do caboclo.
E não devo me esquecer que "só posso usar meus poderes para o bem.."

Thursday, May 31, 2007

Felizes para Sempre

Por que ninguém se casa com a pessoa que ama ou amou? Por que aquele amor que arrebatou seu coração dificilmente coincide com aquele outro morno amor para quem você disse 'sim' na frente do padre. Há sempre uma estória por trás da estória. Aquela pessoa por quem seu coração quis, muitas vezes, saltar pela boca, que fez você esquecer de comer, de trabalhar, está em outros braços.
Ou será que idealizamos aquilo que não conseguimos? É bem provável, não. Jogamos em cima dessa pessoa todo o encargo de ser tudo na nossa vida. A esperança, a amizade, o companheirismo, o desejo mais escondido, o frustrado amor eterno, esquecendo-se, talvez, que é só mais uma pessoa com os mesmos ou até mais defeitos.
No fundo, estamos todos escondidos na nossa covardia. Quem está casado, está sozinho. Quem namora, está sozinho. Quem está sozinho, está mais sozinho.
E o que fazer quando se encontra o amor da sua vida?
Volte para sua (seu) esposa(o) e pergunte o que terá para o jantar.

Wednesday, May 30, 2007

Sexo é vida?

Tenho ouvido essa frase da boca de uma amiga querida, diuturnamente. Mas será? Sexo não é tudo na vida. Não vou aqui fazer apologia à castidade, não...calma! Mas me intriga o fato de muitas pessoas basearem seus relacionamentos puramente em sexo. Não dura.
Sexo é complemento de uma amizade linda, de cumplicidade, de companheirismo, de felicidade. Mas não sobrevive sozinho.

Monday, May 28, 2007

Etilismo

Meu estagiário Lúcio, vulgo chiclet, disse que sou a única no mundo que não bebe e fica bêbada. Sem comentários.

Teoria

Esse final de semana foi bastante interessante. Altas revelações! Aliás, monstruosas revelações!
Eu não queria parecer egoísta, nem nada, mas me senti tão centrada perto dos meus loucos amigos. Muito embora, notei que dou conselhos sentimentais fantásticos. Cara, bons mesmo, viu! Vejo que enfim, depois de anos de ilusão e desilusão, consegui apreender alguma coisa. Claro que se eu aplicasse tudo isso na minha vida, ou ao menos 1/3 de tudo, já seria o suficiente para evitar qualquer sofrimento. Mas quem quer isso? A graça do amor está no sofrimento que ele causa. Naquela dor maravilhosa de não saber se vai dar certo, do ciúme, da atração. Talvez esteja falando de paixão. E sempre sei que não vai dar em nada, mas enquanto dura, é bom pra caralho (nossa...o que tenho hoje?)

Zuzu bemm...

Eu fui ao Canalha's Bar.

Thursday, May 24, 2007

Meia-calça

Eu gostaria de parabenizar o inventor da meia-calça, porque tal prodígio provavelmente deve ter saído da brilhante mente masculina. Claro...porque aprisionar as pernas, quadris e bunda ..eu não ia dizer bunda, vai.. mas já disse... enfim, tudo para ...tudo bem, eu concordo...fica lindo! Mas a que custo, hein!!! Não sei se acontece com as mulheres normais, mas eu rasgo pelo menos duas meias-calças (será que acertei o plural...?) antes de vestir a definitiva, ou seja, aquela que vai me torturar por horas e horas a fio, a não ser que puxe o fio, antes desse trajeto se completar.
Em suma: a pior coisa da advocacia é usar meia-calça ou meias-calças!

Wednesday, February 07, 2007

QUE QUER DIZER ISSO, HEIN???

Quando Deus Te desenhou, Ele estava namorando..." Eu não gosto de usar palavras de baixo calão, mas cara, que porra é essa? Porra divina, por certo! E Deus por acaso namora? Uma Deusa? E existe Deusa? Uma pobre mortal? E Deus lá se interessa por prazeres da carnes ? Vai deixar se enfeitiçar por um ser cheio de defeitos? Que Ele mesmo criou! E criador se apaixona por criação? Não é o inverso? E por que quando Ele me desenhou, acaso me fez sem prestar atenção? Quer dizer o quê com isso?

Monday, February 05, 2007

Desencontros

O interessante de ficar mais velha é saber exatamente o que não se quer. Conseguir prever problemas e evitá-los em tempo. E não é errado se afastar de uma pessoa, por melhores que forem suas intenções, se, com ela, vierem problemas.
Há um tempo em que tudo é relevado em nome do amor. Agora não mais. É tempo de ser mais egoísta. É tempo de saber que o tempo já cansou dos seus erros. Um lugar em que o sentimento é consciente, maduro, muitas vezes sem sentimento.
Uma pessoa que preso muito me diz que quando encontramos a 'pessoa certa', tudo é perdoado.
Mas existe pessoa certa? A pessoa certa virá num pacote cheio de defeitos também. O nosso papel está em avaliar se suportamos esses defeitos a ponto de poder conviver pacificamente com estes. O romantismo vai para o 'espaço' e dá lugar, não à frieza, mas à racionalidade. Em suma, envelhecer é uma droga.

Wednesday, January 24, 2007

Que horas tu bebe Fresh?


Tem dias que me pergunto o porquê de ter resolvido seguir a malfadada profissão de meu pai. E vai no Fórum, e volta para o escritório, e vai à Prefeitura, e retorna ao Fórum. Papel. Papel. Estresse, cansaço, suor. E pega, estica e puxa.

Às vezes me pergunto porque não vendo bananas.

Na verdade mesmo, gostaria de ter uma pousada na Bahia. Andar na areia descalça. No máximo calçar 'havaianas', recuse as imitações. Beber água de coco ou aqueles sucos de frutas e sabor exóticos que nem é possível soletrar. Domir na rede. Ouvir o mar. Viver de preguiça.

Enquanto não dá, vamos encarar os papéis que já estão irritados olhando para mim, bebendo um tang sabor laranja.

Tuesday, January 23, 2007

"Delirium"


Oh querido blog, resolvi enfim, depois de 32 anos de vício, deixar de tomar café. Tá bom, tá bom...hoje já tomei uma chicarazinha no escritório. Também, a d. Geni me ofereceu com tanto carinho que não havia como recusar!! Mas foi só isso. Há quase sete dias, sete longos e tenebrosos dias, vivo sem meu neguinho. Acho que estou tendo alucinações. Tenho visto coisas. O pessoal que trabalha comigo está me olhando de um jeito estranho. Hoje gritei com uma pessoa. Nunca fiz isso na vida. Chá de erva doce? Quem merece isso?

Desisto. Volte, meu neguinho. Eu não posso viver sem você. Perdoa essa sua viciada amante!! Nunca mais vou deixar as asas de sua chícara!

Monday, January 22, 2007

MARIPOSA SEM ASA

Sábado à noite enquanto assistia a um filme triste, uma mariposa feinha-coitada sobrevoava minha cabeça, dando rasantes perto do ventilador. E voava, voava, até que enfim, o ventilador cortou uma asa pálida e o pobre bichinho veio direto ao chão. Minha mãe, toda franciscana, recolheu a mariposa e a levou pra morar no vaso de samambaia.
Por que vamos sempre direto ao ventilador?
Sabemos que vai cortar e ainda assim voamos direto ao seu encontro. E dói!E sabemos que vai doer. Mas isso impede de ir? Não. Neca. De jeito nenhum.
E assim que recuperamos a asa, voamos novamente e novamente e novamente..

Thursday, January 18, 2007

LUTO

Esta noite sonhei que vestia um vestido de noiva que jamais usaria. Cheio de babados, rendas, tules, laços, ainda amarelado como há muito guardado. Não vi o noivo. Talvez estivesse dormindo também (como eu!). Era hora de casar. No momento que me dirigia à Igreja, uma pessoa que ouso dizer que já amei me impediu de chegar ao altar.
O que significa isso?
Minha mirim disse que vou morrer. Que sonhar com vestido de noiva significa morte. Será que deveria estar preocupada com o destino dos meus três gatos que ficarão órfãos? É tudo besteira? É claro que sim, né. Deus não deve estar precisando de uma advogada. Não ainda.

ENFIM SÓS

Ontem durante o chá de cadeira que meu médico ortopedista me serviu, sem nenhum limãozinho, observei um casal que também aguardava. Bom, em duas horas de espera, deu tempo de brincar de tudo, né.
O tempo todo o casal discutia. Ou por causa de dinheiro ou de uma ordem que ela deu errado na casa, ou porque ele falava alto demais, ou porque os filhos não querem ir à casa da Tia Neide no final de semana, ou porque o médico demorava. E demorou mesmo.
Vejo pessoas casadas e sozinhas. Infelizes. Descontentes. E tenho visto muito isso. E ando assustada com a infidelidade.
Por esses dias, uma cliente me disse que advogados não deveriam se casar. Perguntei a ela o porquê disso. Ela na sua sabedoria popular me respondeu dizendo que porque já sabemos, de antemão, de todos os problemas que teremos. Acredite, minha querida cliente, nós advogados sabemos sim, mas como qualquer outro mortal nos entregamos ao amor ou ao erro. Porque é 'bão' demais.

Sunday, January 14, 2007

FRAUDE

Aos seis anos de idade aprendi a nadar. Era uma linda manhã de domingo no clube da minha querida Jaú. Meu pai, munido de sua paciência de monge, ficava ao final de uma grande escorregador, que dava para a piscina dos adultos, aguardando minha descida e meu mergulho triunfais. Na milionésima vez que carinhosamente eu dizia : paiê, vamos de novo?, o pobre homem já apresentava um humor do pântano e se negou a ir comigo. Na minha petulância de baixinha disse que então iria sozinha. Ele, então, disse : vá! Eu estava blefando, é claro. Mas ele não!! Quando me dei conta disso, tive de ir. E fui.
Dessa mesma forma comecei a advogar. Claro que não havia piscina, nem um dia lindo de domingo.
Ai Meu Deus, sou uma fraude.

Friday, January 12, 2007

CRONOS

Tenho a impressão de que a vida está indo muito depressa. Ou será que eu é quem ando um compasso atrás? No final dia, penso que nada produzi, nada resolvi, que me faltou tempo. Há sempre algo que fica para trás. No trabalho não há como. Vivo dos prazos. Mas os amigos, a família, e até eu mesma vou deixando de lado. Os livros que gosto de ler ficam nas prateleiras, os filmes ficam pra depois. Cinema então! Nem pensar. Dá saudade da infância, de quando o tempo levava todo seu tempo para passar.
Sinto que o tempo está escapando das minhas mãos e eu nada fiz ou faço para conter isso.

Monday, January 08, 2007

Enfim, a explicação do nome


Será que algum dia as coisas vão dar certo pra mim?

Vou deixar, enfim, Meu Deus, o título de desiludida? Prefiro a ilusão à desilusão? Será? A desilusão não é somente a consciência do estado de ilusão?

E ilusão é acreditar na fantasia que só existe na mente? Mente. Mentira. Mentirosa. E a desilusão é ter consciência disso. E não acaba sendo a mesma coisa? Vamos ver o que o Aurélio pensa disso.

ilusão. s.f. 1. engano dos sentidos ou da mente, que faz que se tome uma coisa por outra, que se interprete erroneamente um fato ou uma sensação (...)

desilusão - s.f. - ato ou efeito de desiludir-se; desengano, decepção.

Engano e desengano, erro e decepção. Acreditar no vento. Perder o vento.

Poderia me chamar Mariposa Iludida e penso que sou. Preferi a consciência. A desilusão. Que é exatamente a mesma coisa.

E eu não expliquei nada.

Tuesday, January 02, 2007

PASSAGEM

E chegou mesmo 2.007 e já estamos em seu 2º dia! Salve!
Esta passagem de ano, de 2.006 para 2.007 foi, certamente, a melhor de todas as minhas mais de três décadas de existência.
Nunca ri tanto, nunca comi tanto, nunca fui tão feliz.
Passei entre amigos e familiares. É tudo o que posso dizer que é 'meu'.
E como foi divertido. Tomamos chuva, nos embarreamos, empurramos carro, brigamos com um povo estranho, brindamos guaraná diet, aprendi a 'trucar no facão', cantamos (ai, meu Deus...que afinamento celestial!), e maionesamos, farofa, pão e nosso glorioso: churrasco! De manhã, de tarde, de noite. Sem fim.
Foi uma ótima oportunidade para estrear o barco, se nós tivéssemos um.
E eu conheci o Distrito de Potunduva em busca de carvão que só foi encontrado numa sorveteria.