Saturday, January 31, 2009

A dois passos

Muito calmo, constante e lindamente paciente ele se pôs ao meu lado e desde então não mais deixou minha companhia. Fui dura, fui rude. Algumas vezes, amiga. Irritava-me sua constância e passou a me irritar que embora houvesse a expressa negativa, meus olhos começavam a vê-lo de uma outra forma. Não sei o porquê, mas não conseguimos nos afastar, nem quando era necessário. E como senti sua falta num único dia em que não estivemos juntos.
Não consigo mais fugir desse sentimento que nem bem sei o que é. E creio que não haverá como não me apaixonar.
Agora sou mariposa mais apaixonada que desiludida...

Sunday, January 25, 2009

O estar

Odeio a frase 'não era para ser'. Acho uma desculpa convarde de quem se nega a viver de verdade, se é que dá para viver de mentira. Bom, dá para se enganar com mentiras, e mesmo assim, um dia virão à tona; e não haverá opção a não ser olhar seu interior por mais feio que seja. Quando esse dia chegar, recomendo estar perto de amigos. Amigos devem ser os anjos que Deus Nos envia.
Já disse aqui nesse blog que tenho amigos que nem mereço tal é o tamanho do carinho e dedicação que me guardam.
Voltando à questão do que era para ser ou não ser, já que não acredito em pré-destinação, sei e tenho bem certeza de que sou o que quero ser e faço acontecer como quero. E assim estar porque antes de mais nada, sou.
Hoje odeio você por me roubar a paz e me odeio porque ainda amo você. Mas não será sempre assim porque não quero que seja.
Agora é tarde e arde, ainda que um dia tenha sido doce.

Friday, January 23, 2009

O ser

Sou apaixonada pelas relações humanas. Na verdade, o comportamento humano sempre me instigou. E como é tudo surpreendente. Pessoas que eu acreditava fortes tomando atitudes tortas. Pessoas que jurava nem saber onde estavam se mostram de uma sobriedade muito grande.
Vamos aqui cair no tema amor e suas infindáveis sensações, mas sei que só se ama alguém depois de conhecer seu pior e seu melhor. Mas até nisso me surpreendoe vejo que nem a mim mesma tenho reconhecido a personalidade, e apresento agora um lado que não tinha antes notado. Não sei dizer o que aconteceu e acho que nem quero saber. Só sei dizer que é muito bom e espero guardar para a vida toda.
Cresci, amadureci, envelheci? Ou sou ainda a eterna criança chorona que sempre fui, mas agora com umas rugas a mais?
Sou só uma ilusão?
Sei que não sou mais desilusão.

Wednesday, January 21, 2009

Casos à parte

Somos capazes de nos apaixonar diversas vezes por muitas pessoas e coisas, mas sempre fiéis a um amor verdadeiro, não movidos à vaidade, tampouco impulso ou empolgação. Dá para ser a rocha para quem sempre se vai e para quem sempre se volta, depois do calor de uma paixão que mais parece a brisa de um dia de calor intenso.
Não é errado, desde que se saiba reconhecer o que é a rocha e o que é vento, que por mais confortável e deliciosa que seja sua sensação, vai passar. E muitas vezes nem vamos mais nos lembrar disso e admito que já não me lembro.
Já me apaixonei diversas vezes, mas sei o que fez de mim Mariposa e posso afirmar que não foi o vento.
Não estive sozinha todo esse tempo ou quem sabe estive mais sozinha do que nunca.
Há um lugar entre a mais doce lembrança e minha aurícula esquerda que mantém um pulsar constante, paciente, de puro amor.
Sinto pelo beijo que nunca aconteceu, pelo abraço que jamais me pegou no colo e me fez parar de chorar como agora choro.
Não é possível prever o que virá ou o que pulsará, se outros casos se novo sentimento; não é possível também prometer, pois a promessa faria de mim uma grande canalha e talvez até seja.
Casos chegaram. Pessoas partiram. Outras comigo sorriem.
Tudo continua igual em meu coração...

Sunday, January 18, 2009

A maior idiota de todos os tempos

Sabe o que é desejar muito uma coisa e poder realizá-la? Eu sei. Mas não sei. Já me explico.
Por algum tempo, sofri dor e alguma humilhação. Perdi o que tinha e o que não tinha.
Não sei explicar o que me fazia acordar todas as manhãs. Posso apenas relatar que surgiu uma força desconhecida no meu coração que me impulsionou.
Por fim e acho que agora realmente é o fim de mariposa, tudo parecia ser o conto de fadas prometido. Mas acabei virando sapo.
Sim. Sinto-me a maior idiota de todos os tempos, e embora a isso já devesse estar acostumada. Não. Perdoem-me, pois acredito que seja hora de ir; talvez muitos acreditem seja precoce, mas bem sei o quanto me custa.
Cansei de ser o projeto perfeito, mas que por seja lá o quê, não deu certo.
Tudo não passou de uma mentira. Não para mim. Eu bem sei o quanto me machuca escrever isso hoje.
Quero aqui pedir um favor. Se por um acaso eu escrever aqui que estou apaixonada, alguém bata bem forte na minha cara para eu acordar?

Wednesday, January 14, 2009

Veja o caso da mariposa..

Há uma semana atrás, lá estava mariposa engrossando a larga estatística de desempregados desse meu Brazilzão. E menos de sete dias, mariposa está empregada novamente, engrossando, talvez, a estatística dos empregados e que ganham pouco. Não é o emprego de meus sonhos, concordo, mas é um emprego em tempos de crise e desespero. Será algo que irei me dedicar de corpo e alma, como sempre.
Claro que jamais abandonarei o Direito, meu grande amor, mas o sonho de fazer pós graduação se foi pelo ralo.
Bom, haverá tempo e dinheiro ainda em minha vida para isso.
E tempo para comprar Luis Mario II (meu carro novo), adotar meus dois filhos (um neguinho e uma japonesinha), rir muito ainda de mim mesma, registrando tudo aqui nesse diário, bem, diria, semanário de bordo.

Wednesday, January 07, 2009

CENTRAL DE LOUCURAS

Lembro-me do meu primeiro dia há seis anos. Medo, incerteza, muito trabalho, confusão de metro, pouco dinheiro e alguns fios de cabelos brancos ao longo dos anos. Aliás, deveria ser indenizada por isso, e receber tinta de cabelo grátis até o fim da vida.
E hoje estive lá para me despedir daquele triste cenário, de papéis espalhados, empoeirado, de amigos que nunca vou me esquecer, o lugar que fez de mariposa um ‘alguém’; onde ganhamos o respeito dos juízes, dos promotores, dos colegas de trabalho. Deixamos nosso legado. Imprimimos nossa marca. Isso ninguém nos tira.
Sim, vou dizer nós porque sempre fomos uma equipe e permanecemos equipe até o final.
Transmudamos um mundo de sucessivas perdas para vitórias, muitas até surpreendentes. Sem condições de trabalho, num ambiente de calor absurdo, sem ventilação, sem recurso humano algum, mas como muito calor humano.
Cresci demais ali. Ouso até dizer que faço parte da História do meu Jahu.
Nos divertimos também, não vou negar.
E hoje brindamos juntos o pé na bunda coletivo.
Saúde!!!

Friday, January 02, 2009

Happy End

Tinha me adiantado aqui dizendo que haveria um final feliz para o ano de 2.008 que se foi há dois dias. Vamos a ele, dois pontos, na outra linha, letra maiúscula, por favor:
Na véspera da virada, coloquei um lindo vestido branco, calcinha branca, sandálias prata, e alguns acessórios verde esperança.
Fui ver meu amor pela última vez. Dar ao meu coração a paz que precisava para seguir o vendo por uma última vez; E tinha de ser ainda em 2.008, o ano em que passamos oito meses juntos.
Sentia medo, tremor, alegria, tudo misturado nas risadas e festejos de sua família.
Confesso que já não tinha mais esperança, já convicta de que seria mesmo a despedida, até que perdi um brinco...verde esperança, lembram?
Quando lá procurando, meio boba com as cervejinhas a mais que tinha tomado e inebirada com a emoção do ano novo que chegava com uma trégua na chuva, ouvi uma voz atás de mim. Era o sinal. Era ele. Era meu amor sinalizando que a esperança que cresceu em mim nesses últimos quatro meses em que o esperei incessantemente e sem cansar por sua volta.
O sinal que me fez voltar e continuar lutando. Quando, enfim, ele me perguntou se eu ainda esperava algo em nós. Como iria mentir?
Disse que havia sim porque lutar, porque continuar, porque amar.
Ao som de 'beija', 'beija', 'beija' da galera concentrada no final de feliz que todos aguardavam, houve um beijo, dois, três, mil....para sempre.
Mariposa Apaixonada de Jaú.