Wednesday, January 24, 2007

Que horas tu bebe Fresh?


Tem dias que me pergunto o porquê de ter resolvido seguir a malfadada profissão de meu pai. E vai no Fórum, e volta para o escritório, e vai à Prefeitura, e retorna ao Fórum. Papel. Papel. Estresse, cansaço, suor. E pega, estica e puxa.

Às vezes me pergunto porque não vendo bananas.

Na verdade mesmo, gostaria de ter uma pousada na Bahia. Andar na areia descalça. No máximo calçar 'havaianas', recuse as imitações. Beber água de coco ou aqueles sucos de frutas e sabor exóticos que nem é possível soletrar. Domir na rede. Ouvir o mar. Viver de preguiça.

Enquanto não dá, vamos encarar os papéis que já estão irritados olhando para mim, bebendo um tang sabor laranja.

Tuesday, January 23, 2007

"Delirium"


Oh querido blog, resolvi enfim, depois de 32 anos de vício, deixar de tomar café. Tá bom, tá bom...hoje já tomei uma chicarazinha no escritório. Também, a d. Geni me ofereceu com tanto carinho que não havia como recusar!! Mas foi só isso. Há quase sete dias, sete longos e tenebrosos dias, vivo sem meu neguinho. Acho que estou tendo alucinações. Tenho visto coisas. O pessoal que trabalha comigo está me olhando de um jeito estranho. Hoje gritei com uma pessoa. Nunca fiz isso na vida. Chá de erva doce? Quem merece isso?

Desisto. Volte, meu neguinho. Eu não posso viver sem você. Perdoa essa sua viciada amante!! Nunca mais vou deixar as asas de sua chícara!

Monday, January 22, 2007

MARIPOSA SEM ASA

Sábado à noite enquanto assistia a um filme triste, uma mariposa feinha-coitada sobrevoava minha cabeça, dando rasantes perto do ventilador. E voava, voava, até que enfim, o ventilador cortou uma asa pálida e o pobre bichinho veio direto ao chão. Minha mãe, toda franciscana, recolheu a mariposa e a levou pra morar no vaso de samambaia.
Por que vamos sempre direto ao ventilador?
Sabemos que vai cortar e ainda assim voamos direto ao seu encontro. E dói!E sabemos que vai doer. Mas isso impede de ir? Não. Neca. De jeito nenhum.
E assim que recuperamos a asa, voamos novamente e novamente e novamente..

Thursday, January 18, 2007

LUTO

Esta noite sonhei que vestia um vestido de noiva que jamais usaria. Cheio de babados, rendas, tules, laços, ainda amarelado como há muito guardado. Não vi o noivo. Talvez estivesse dormindo também (como eu!). Era hora de casar. No momento que me dirigia à Igreja, uma pessoa que ouso dizer que já amei me impediu de chegar ao altar.
O que significa isso?
Minha mirim disse que vou morrer. Que sonhar com vestido de noiva significa morte. Será que deveria estar preocupada com o destino dos meus três gatos que ficarão órfãos? É tudo besteira? É claro que sim, né. Deus não deve estar precisando de uma advogada. Não ainda.

ENFIM SÓS

Ontem durante o chá de cadeira que meu médico ortopedista me serviu, sem nenhum limãozinho, observei um casal que também aguardava. Bom, em duas horas de espera, deu tempo de brincar de tudo, né.
O tempo todo o casal discutia. Ou por causa de dinheiro ou de uma ordem que ela deu errado na casa, ou porque ele falava alto demais, ou porque os filhos não querem ir à casa da Tia Neide no final de semana, ou porque o médico demorava. E demorou mesmo.
Vejo pessoas casadas e sozinhas. Infelizes. Descontentes. E tenho visto muito isso. E ando assustada com a infidelidade.
Por esses dias, uma cliente me disse que advogados não deveriam se casar. Perguntei a ela o porquê disso. Ela na sua sabedoria popular me respondeu dizendo que porque já sabemos, de antemão, de todos os problemas que teremos. Acredite, minha querida cliente, nós advogados sabemos sim, mas como qualquer outro mortal nos entregamos ao amor ou ao erro. Porque é 'bão' demais.

Sunday, January 14, 2007

FRAUDE

Aos seis anos de idade aprendi a nadar. Era uma linda manhã de domingo no clube da minha querida Jaú. Meu pai, munido de sua paciência de monge, ficava ao final de uma grande escorregador, que dava para a piscina dos adultos, aguardando minha descida e meu mergulho triunfais. Na milionésima vez que carinhosamente eu dizia : paiê, vamos de novo?, o pobre homem já apresentava um humor do pântano e se negou a ir comigo. Na minha petulância de baixinha disse que então iria sozinha. Ele, então, disse : vá! Eu estava blefando, é claro. Mas ele não!! Quando me dei conta disso, tive de ir. E fui.
Dessa mesma forma comecei a advogar. Claro que não havia piscina, nem um dia lindo de domingo.
Ai Meu Deus, sou uma fraude.

Friday, January 12, 2007

CRONOS

Tenho a impressão de que a vida está indo muito depressa. Ou será que eu é quem ando um compasso atrás? No final dia, penso que nada produzi, nada resolvi, que me faltou tempo. Há sempre algo que fica para trás. No trabalho não há como. Vivo dos prazos. Mas os amigos, a família, e até eu mesma vou deixando de lado. Os livros que gosto de ler ficam nas prateleiras, os filmes ficam pra depois. Cinema então! Nem pensar. Dá saudade da infância, de quando o tempo levava todo seu tempo para passar.
Sinto que o tempo está escapando das minhas mãos e eu nada fiz ou faço para conter isso.

Monday, January 08, 2007

Enfim, a explicação do nome


Será que algum dia as coisas vão dar certo pra mim?

Vou deixar, enfim, Meu Deus, o título de desiludida? Prefiro a ilusão à desilusão? Será? A desilusão não é somente a consciência do estado de ilusão?

E ilusão é acreditar na fantasia que só existe na mente? Mente. Mentira. Mentirosa. E a desilusão é ter consciência disso. E não acaba sendo a mesma coisa? Vamos ver o que o Aurélio pensa disso.

ilusão. s.f. 1. engano dos sentidos ou da mente, que faz que se tome uma coisa por outra, que se interprete erroneamente um fato ou uma sensação (...)

desilusão - s.f. - ato ou efeito de desiludir-se; desengano, decepção.

Engano e desengano, erro e decepção. Acreditar no vento. Perder o vento.

Poderia me chamar Mariposa Iludida e penso que sou. Preferi a consciência. A desilusão. Que é exatamente a mesma coisa.

E eu não expliquei nada.

Tuesday, January 02, 2007

PASSAGEM

E chegou mesmo 2.007 e já estamos em seu 2º dia! Salve!
Esta passagem de ano, de 2.006 para 2.007 foi, certamente, a melhor de todas as minhas mais de três décadas de existência.
Nunca ri tanto, nunca comi tanto, nunca fui tão feliz.
Passei entre amigos e familiares. É tudo o que posso dizer que é 'meu'.
E como foi divertido. Tomamos chuva, nos embarreamos, empurramos carro, brigamos com um povo estranho, brindamos guaraná diet, aprendi a 'trucar no facão', cantamos (ai, meu Deus...que afinamento celestial!), e maionesamos, farofa, pão e nosso glorioso: churrasco! De manhã, de tarde, de noite. Sem fim.
Foi uma ótima oportunidade para estrear o barco, se nós tivéssemos um.
E eu conheci o Distrito de Potunduva em busca de carvão que só foi encontrado numa sorveteria.