Wednesday, November 24, 2010

Coisas que eu nunca vou me esquecer

As letras P O S I T I VO no exame de gravidez
O dia que vi meu amor chorar
A cara de felicidade do cão quando nos escolheu para morar em casa ( e ele não arreda o pé!!)
O quartinho pronto do bebê com suas coisinhas pequenas e com aquele cheirinho
Meu pai se recuperar milagrosamente de uma cirurgia
A expressão de espanto das pessoas ao ver meu barrigão de nove meses passeando (ainda) pela rua
Os pequenos milagres que vêm acontecendo em nossas vidas que acontecem na hora que mais precisamos.
Está tudo guardado no coração e o melhor: ninguém pode tirar de mim. Nem que passem mil anos, que tudo mude, que eu não tenha mais nada, essas lembranças vão ser minhas.

Empurrando com a barriga


Quem espera alguma coisa na Justiça pode sentar. Deitar? Talvez dormir? Ou quem sabe, conceber um bebê.

Há dois anos ajuizei uma ação para cancelar uma dívida por anuidade de cartão de crédito não requisitado. Perdemos. Recorri. Ganhamos. O resultado positivo veio em março e com uma simbólica indenização de 3 salários ao cliente. Opa. Deu pra passar bem a Páscoa. Que nada.

O cliente, sem lenço e documento (leia-se cartão e indenização), ainda não recebeu nada.

A coisa toda coincidiu com minha gestação, quando fizemos o pequeno gordinho que me chuta de cinco em cinco minutos agora. Meu bebê vai nascer jajá (calma, nem tanto...ainda faltam 3, 2 ou 1 semana) e o tutu ainda não saiu.

Isso tudo, meus caros leitores de babozeiras internéticas, porque foi proposta a ação no Juizado Especial Cível, onde, em tese, realmente, em tese, era para ter alguma agilidade.

Thursday, November 18, 2010

Na pele de outra


Engravidar foi uma grande bênção na minha vida, sobretudo quando se acreditava que isso não seria possível. Ainda que seja uma gravidez de risco, não páro um só instante de agradecer por essa dádiva todos os dias. Mas não gostei de vestir essa pele de obesa. É difícil tomar banho, me vestir, calçar sapatos, subir e descer escadas, passar por lugares estreitos. Como os gorduchinhos conseguem essas proezas???

Sei que não vai ser fácil emagrecer depois do nascimento do bebê, mas não vou medir esforços para ser, ao menos, normal. Não gostei de viver nesse corpo.

Essa é apenas uma passagem. Estou gorda, mas não sou.

Não existem roupas bonitas, nada fica bem, tudo é difícil e caro.
Não vou ficar louca com isso, mas essa gordura toda vai ser cortada do meu cardápio.

Sunday, November 07, 2010

Chegou a hora que todos esperavam


Como todos anos, nesse blog, escrevo uma breve nota sobre meu natalício. Afff...já tive um cliente com esse nome! E ele morreu, pobrecito. A morte de Natalício (poderia ser o título de outro artigo, não???).
Enfim, são 36 anos de existência. Pela primeira vez, estou tão feliz. Pela primeira vez, grávida, casada com um homem maravilhoso que aguenta minhas chatices diárias, com muitos clientes (pena que poucos se lembrem de me pagar), com muita esperança e o melhor : muita paz no coração.
Estou aqui, nesta noite de domingo, com o meu fiel amigo 'cão' que furtei, ou melhor, tomei emprestado sem devolução da minha cunhada, me despedindo dos meus 35 anos de muitas lutas, cabelos brancos (oh, imedia excelence, onde está você?), rugas (por que não?), minha mesa cheia de papéis que já prometi um zilhão de vezes que vou arrumar (e quem acreditou??), num calor absurdo de já quase verão, sem nenhuma cerva para brindar a passagem.
Caminho agora rumo aos 40! Que venha logo, mas que demore muitooooooo!

Thursday, November 04, 2010

Por uma vida


Quantas vezes perguntei a Deus o porquê estar passando por essa ou aquela situação e nenhuma resposta vinha à mente. Por quantas vezes pensei que minha vida não tinha qualquer sentido, nenhuma utilidade para ninguém, um nada mesmo.

Quem diria que aos 36 anos Mariposa iria dar luz a um menininho??? Ainda havia essa missão. Ser a mamãe do Anthony.

Não vamos dizer que essa gravidez foi encantadora. Houve muitos problemas e ainda estou com eles, tentando vencê-los, um por dia.

E tanta coisa boa aconteceu também. Não vamos nos esquecer dos brindes e dos sorrisos.

Nada se compara à compreensão de uma vida toda de incertezas, tristezas, tropeções. Se me dissessem para passar por tudo de novo que ao final do arco-íris haveria um menino gordinho sorrindo para mim, eu faria tudo de novo e sem medo algum.