Tuesday, October 30, 2007

Paca, Tatu, Cotia não

E lá fui para mais uma aventura na Grande São Paulo. Estive em Cotia, no meu melhor disfarce de advogada. Fazendo o quê, até agora não sei também. Mas posso dizer que não obtive nenhum sucesso. Sei também que não gosto de me ausentar. Parece que tudo resolve acontecer quando não estou. Nenhum dano aparente, além das trapalhadas de sempre. E eu lá no meio dos 'bacanas' e juízes jovens.
É curioso estar no meio dos ‘bacanas’. – Lembra daquela vez que esquiamos em Aspen? E você ali tentando lembrar quando foi a última vez que conseguiu férias e esteve no Boqueirão.
Que fome, meu Deus! Os bacanas não sentem fome e eu ali querendo comer até a perna da mesa. Ah..Mas tem que parecer fina, né.
Mas ôh cidadinha feia, hein.

Tuesday, October 16, 2007

Química


Meu Deus, estou em choque. Acabo de retornar do mercado aqui perto de casa, em que faço minhas comprinhas de emergência, e quando lá estava na fila do caixa. procurando minha carteira e dinheiro perdidos pela bolsa, ouço uma voz familiar me chamando pelo nome.
- Olá, quanto tempo!!! disse a moça.
Olhei seus cabelos mal tingidos de preto, muitos fios brancos à vista, uma silhueta que mais se assemelhava a uma velha matrona, e aqueles olhos azuis que julguei jamais ter visto um par mais lindo me encarando, palidamente, perguntando como estava a minha vida de química famosa.
Quanto tempo mesmo!
Essa moça tinha sido a menina mais linda do cursinho em que estudei, quando ainda me preparava para ser a química famosa que jamais fui.
Nunca tinha antes visto uma garota tão deslumbrante. Cabelos perfeitos, um corpo escultural, os olhos de um azul profundo de uma piscina num dia de calor intenso, e como era inteligente a garota! Ela era perfeita. Qualquer homem cairia de quatro por ela.
Esclareci que abandonara a química nos primeiros seis meses de curso e voltei correndo aos braços das ciências humanas, de onde jamais deveria ter-me desviado. E que hoje era advogada, há quase nove anos, e nada famosa,a propósito.
Mas e você, minha querida perfeição, que curso foi esse que fez de você o revés de toda a beleza? Rapidamente, ela aguçou a minha curiosidade, dizendo que apenas era mãe e esposa, num tom bastante desanimador, como quem carrega o mundo nas costas (acho até que caberia naquela imensa massa corpórea).
Naquele momento me senti feliz no caminho triste e solitário que escolhi, o caminho em que ainda posso delinear meu rosto e meu corpo e ouso dizer, encontrar minha felicidade.
Não sei quem está certa. Se quem escolheu a maternidade e um esposo; se quem optou pela profissão ou a profissão que escolheu sua solidão; ou quem conseguiu (ou disse que conseguiu) conciliar tudo isso. Não sei se existe algo certo. E nem importa agora.
Só sei que não existe mais volta, assim como a reação química jamais se reverte porque se transformou.

No seu cipó ou no meu???


O artigo que hoje escrevo vai fazer você, doido(a) que lê esse blog, pensar que vivo na selva.
Não. Moro na cidade e vi um jacaré. Vou repetir a frase para eu mesma acreditar no que estou escrevendo. Eu vi um jacaré!! É sério!! Tem até um prédio na rua onde moro.
No entanto, há também o rio e seus inúmeros bichos estranhos.
Ninguém, exceto minha mãe, acredita em mim, porque ela também viu o perigoso réptil. E confesso, até testemunhar seu habitat na chácara ao lado da minha casa, também acreditei que Srª Marizete estava ‘vendo coisas’.
Sou uma amante da natureza, claro. Adoro o meio do mato, o cantar das cigarras do mês de outubro, acordar com os passarinhos, mas nada que tenha aqueles dentes, um rabo enorme e quase um metro de extensão.
Sei que ando cansada. Que preciso de férias. Não, não vou jantar com o Tarzan esta noite, ele preferiu sair com a Jane, já que ela sempre tem bala Chita no bolso e nenhum bolso, né, como é que vou com aquele mini-vestidinho??? Ah... Covardia!

Sunday, October 07, 2007

Nem sei se quero dar um título a isso..

Não entendo a maldade por maldade. Não que eu costume entender alguma coisa, mas a maldade ainda é o que mais me intriga. Principalmente quando vem de graça. Você está ali, quietinha no seu canto, procurando, talvez não ajudar, mas também não atrapalhar ninguém e de repente, toma aquela 'voadora' de encontro ao estômago e nem bem entende de onde surgiu.
Sinceramente gostaria de dizer que revidei. Que dei o troco à altura. Que saí por cima. Mas não. Fiquei parada, sem entender e sem nada fazer a não ser ficar triste.
Minha amiga, quase irmã, Angelina, que é uma mulher que muito admiro por sua força e coragem de seguir, disse que 'o mundo dá voltas'. Mas não, sei, minha amiga, tenho a impressão que em todas as voltas estamos sempre com um pacotinho de 'sal de frutas' no bolso.
A humilhação tem sabor amargo, só tenho suportado porque sei que é injusta, contudo, sem nada compreender.