Thursday, December 28, 2006

TEMPO!!

Dia desses ao sair do trabalho rumo ao Fórum, fim de tarde, entre 18 e 18,30h, passei pela choperia da esquina do jardim que estava lotada.
Fiquei com uma vontade de parar o carro e descer ali para um chopinho com amigos. Tem momentos que sinto falta desses prazeres.
De longe se ouvia o som dos copos tilintando e das risadas altas e ligeriamente geladas.
Fim de ano realmente tem uma cara diferente. É despedida de um ano difícil e esperaça de que tudo melhore. É besteira, claro; considerando que o tempo é um fator inventado pelo homem e não marca nada, a não ser rugas, mas nada que um bom 'Renew' não dê jeito. O único problema é você se tornar uma modelo da Avon. Aiiii...preciso de férias!

ROBERTO CARLOS IN CONCERT


Passei duas horas e meia da minha noite de ontem fazendo escova progressiva, que consiste num processo de alisamento temporário do cabelo. Dura cerca de 4 meses na cabeça, com dois dias sem poder lavar os cabelos, o que significa uma tortura sem limites para mim, além do cheiro forte de formol e o incessante ardor nos olhos. Não pode molhar, não pode prender, não pode chover, não pode lavar. Isso tudo para ficar com a aparência do Roberto Carlos no especial de Natal da Rede Globo. Passados os infindáveis dois dias, a recompensa vem em fios soltos, brilhantes, esvoaçantes e lisos. O Roberto Carlos, claro, vai cantar em outro freguesia.

Wednesday, December 27, 2006

RETROSPECTIVA


Mais um ano chega ao seu finalmente.
Entre um dedo quebrado e um ombro deslocado, quatro medalhas. Fazer 30 não foi lá uma grande idéia. Encheções de saco mil, mas a promoção saiu. Passei o ano ... ia dizer magra, mas essa palavra é deveras anoxérica. Muitas vitórias jurídicas, mas muitas derrotas também. Escritório novo! Mais trabalho. Sábado, domingo, feriado e dá-lhe chibatadas. Descobri que sofro de TPM. Horrível. Sem férias para o momento e certos da sua incompreensão, despeço-me deste ano de 2.006 com saudações são paulinas.
At.
Mariposa.

Tuesday, December 26, 2006

Pagando pecados

Devo ter pago todos os meus pecados na véspera do Natal. Como todos os anos, vou à missa de Natal na Igreja Matriz da minha cidade. Muito bem. Cheguei cedo, como de costume. Mas já não havia lugar disponível. Que horas esse povo chegou? Às cinco? Ficar em pé, então. E a cada minuto, chegavam mais e mais pessoas. Meu Deus...que calor insuportável! Sentia gotas de suor escorrendo pelas pernas. Um menino atrás de mim ficava roçando o folheto da missa nas minhas costas. Começou a minha sessão de riso que não consigo parar, como sempre. E começa o teatrinho do Padre...Ah..Meu Deus...quem merece isso? Começo a duvidar se é o caminho para o céu mesmo! E duas horas em pé, o ajoelhamento soa como uma salvação. Acho um pedaço no chão para ajoelhar. E aquele ali era o meu pé! O que mais pode acontecer agora? Um raio cair na cabeça? Quase isso. Inicia-se uma tempestade que é impossível sair dali, a não ser que eu tivesse um barco. Por que não pedi um barco ao Sr. Noel, de que me adianta a caloi naquele momento aquático? Se bem que não ganhei minha caloi também. Aliás, não ganhei nada, bom nada além de um pé esmagado, uma triste notícia mais tarde, e uns quilos a mais, com certeza. Alguém tem sal de frutas?

Thursday, December 21, 2006

CARTA AO SR. NOEL


Querido Papai Noel,
Nesse ano que está indo, não bebi nada que contenha álcool (o Sr. sabe que há três anos não bebo), não cometi o pecado da gula (o Sr. sabe que há pelo menos uns 20 anos faço regime), não namorei ninguém (é verdade, eu juro!), não briguei com ninguém (extrajudicialmente, é claro), trabalhei feito uma camela, me diverti muito pouco, fiquei até sem minha única diversão que era o judô. Não! Não quero um revólver! Deixa eu terminar, homem impaciente! Fui uma boa menina. Então, não se esqueça da minha caloi!!

Wednesday, December 13, 2006

AMOR

Vou aqui fazer uma confissão. Tenho um amor secreto. Talvez não seja assim tão secreto, considerando que o meu amor sabe da existência desse sentimento. Ele não me corresponde, ainda que nunca tenha dito isso. Pelo menos não diretamente. Ele demonstrou o seu desamor da forma mais gentil imaginável. Aliás, jamais imagino uma atitude agressiva ou mesmo ofensiva de sua parte. Enquanto ele permite que eu fique ao seu lado, sou feliz; conversar, rir junto e no máximo pegar em sua mão, num cumprimento ou despedida. Oh, Senhor da Messe, como tento ficar longe, como brigo com meu desejo de estar por perto, mas quando dou por mim, estou ali, diante de seus olhos pequenos, sua barba mal feita, seu cabelo desgrenhado, seu olhar lindo de menino. E invento as mais absurdas desculpas para falar com ele. Claro que ele percebe, mas nunca me mandou ir. Então eu fico e tento não voltar. Mas volto até quando ele permitir.
Agora se foi.
Gosto de pensar que, onde estiver, se lembrará do meu sorriso.
"O amor é paciente, é benigno. O amor não inveja, não se vangloria, não se ensoberbece. 5 Não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. "1 Coríntios 13:4,5

DIA PERFEITO

Esses dias têm sido perfeitos em relação ao meu trabalho. Adoro que tenha uns 15 querendo falar comigo, minha mesa cheia de processos, o telefone não parando de tocar um só minuto, tudo ao mesmo tempo, pilhas de copos descartávies de café no lixo. O marasmo me dá sono. Gosto de trabalho novo, diferente, com desafio. Chego mais cedo, saio mais tarde, já que não há ninguém me esperando. Amo meu trabalho de todo coração. Ninguém é feliz num trabalho errado. O trabalho é o que nos toma a maior parte do tempo. Não adianta ter o melhor namorado, esposo, filhos lindos, o carro do ano, a casa da Barbie, se não há felicidade no trabalho. Dinheiro é consequência. Não que eu tenha algum. Claro que dinheiro compra tudo que mais adoro, mas não é só isso, é realização, muito além do 'mastercard'.

Tuesday, December 12, 2006

PARA VER DEUS

É preciso lamber o chão.

Wednesday, December 06, 2006

O MUNDO ME VENCEU


Passei a vida toda brigando com a balança, com meus cabelos desalinhados, com meus quadris fora de propósito. Acreditava que o amor verdadeiro não se importaria com minha aparência, que veria além dos meus óculos grossos e se deixaria enfeitiçar pelo meu sorriso sempre pronto. Pois bem. Resolvi ser bonita. Disse adeus à lentes, emagreci 20 quilos, alisei definitivamente os cabelos. É muito boa essa sensação. Ainda que eu tenha me tornado tudo aquilo que sempre lutei contra.

ESPOSA

Domingo à noite, logo após sair da missa, vi um carro dando seta para entrar na via pública. Gentilmente, cedi passagem e percebi que se tratava de um moço muito elegante e bonito. Fiquei alguns minutos trocando olhares com ele pelo retrovisor, quando me deparei com um adesivo no seu carro que me chamou a atenção. Eram letras miúdas. Forcei a vista para conseguir ler seus dizeres, quando a decepção e um ataque de riso tomaram conta de mim, o adesivo continha a frase :"amo minha esposa”.

CHIFRE E FUSCA

Todo mundo já teve um fusca e/ou um chifre. Incontroverso. Uma velha amiga dizia que todas nós tivemos um namorado chamado Paulo. Como nunca tive um namorado de nome Paulo, vou me ater ao chifre e ao fusca. Certo? Pois bem. Em meados dos anos 90, tive a felicidade de saborear o ronco do velho fusca de minha mãe (nem meu era... santa pobreza!!!). Ficou conosco por 10 anos sem nunca nos deixar na mão, exceto pelo dia que ele resolveu ira pra trás, ao invés de seguir em frente. Mas isso é outra estória. Calma. Não se desespere se você nunca teve um fusca, esse artigo de luxo pode ser substituído por um Fiat 147. Também não? Mas do chifre, meu amigo, disso você não escapa! Não que eu esteja aqui querendo colocar sob suspeita o comportamento de seu ou sua companheiro(a). Nada disso. Mas uma coisa é certa. Do pó, iremos ao pó, talvez de fusca, talvez de Fiat 147, mas, indubitavelmente, com chifre(s).

Monday, November 27, 2006

3.650 DIAS

Devo ter envelhecido uns 10 anos nesta semana que passou. Interessante é que aconteceram as melhores eas piores coisas do meu ano. Vivi perda, saudade, conquista, decepção, recomeço, esperança, inquietude, desespero, tudo num mesmo instante. Um misto de tristeza e alegria. Não acredito que a dor traga amadurecimento. Dor só dói. Felicidade é que dura pouco. Fica comigo a esperança de que a dor se vá e que a fração de segundos de sorrisos retorne aos meus lábios.
As palavras que hoje escrevo vêm da esperança; porque tristeza não escreve uma única linha sequer, só traz lágrima e mais nada.
A lição, se é que existe alguma, nisso tudo, fica com a luta; se não consegui, ao menos tentei.

Monday, November 20, 2006

AMIGOS 1

Tenho amigos que não mereço, tal é o carinho que me dedicam sem com que eu nada retribua. É curioso como na idade adulta fazemos amizades dos mais diversos tipos e interesses em comum. Amigos que conheci na infância, no judô, na faculdade, no trabalho, sorriso para a vida toda. Por esses dias, um desses queridos companheiros, passou horas de seu horário de almoço só pra comigo ficar e explicar o universo infindável dos direitos morais. Também sempre me consola, dizendo palavras de apoio, que são verdadeiros estímulos para prosseguir, quando dos meus desastres amorosos. Ele é meio 'durão'; não demonstra sentimento, nem nada, mas acho que ele sente o mesmo carinho que sinto por ele. Nunca agradeci o suficiente. Talvez não seja tarde. Obrigada, meu querido e obrigada por estar ao meu lado.

Friday, November 17, 2006

MORTE

Hoje minha irmã escreveu para mim falando sobre a morte. Ela dissertou de uma forma tão consciente, tão reta, como tudo que sempre desenvolve.
Talvez pelo fato dela ser jornalista e saber lidar bem com as palavras; ou talvez por já ter constituído uma família, e a morte poder significar ameaça, ruptura, fim.
Ela diz “A gente não se conforma com a morte porque nos consideramos - e somos mesmo - muito maiores que ela.
Pense: nossa mente, até onde ela pode nos levar? a tudo, não é mesmo? Afinal, nossos pensamentos não têm limites, nossas idéias extrapolam horizontes, nossa ações superam dificuldades...
Mas tudo isso, está dentro de um corpo, uma carne, ossos e sangue, algo muito animalesco infinitamente menor que a capacidade de nosso cérebro...
Então, numa noite em que acordamos de sobressalto, com insônia, e cheios de ansiedade, sentimos... nosso coração, um órgão movido a músculos e sangue, se não me falhe a memória do colegial, está acelerado! contrai e descontrai, e sentimos isso, assustados... será que morreremos no instante seguinte? Pânico...
É isso, enquanto nosso pensamento é gigante, nosso corpo é inútil. E um dia a morte é consumada e fim...
O consolo é acreditar na vida depois de tudo isso, ou simplesmente não pensar em nada..."(PCGS)
Ainda não sei se consigo entender que alguém viva, ame, se apaixone, tenha filhos, amigos maravilhosos, sorria muito, chore, lute, vença, perca, dance sua canção favorita, leia, respire e depois não mais.

Thursday, November 16, 2006

ALIANÇA

Já fui noiva por duas vezes. Da segunda vez, sentia muita certeza de que seríamos felizes para sempre. Mandamos fazer um par de alianças grossas e reluzentes. Guardo-a até hoje. Não como recordação de um sentimento, tampouco desejosa de que o noivado seja reatado. Não. Essa aliança é o símbolo de que nem sempre o meu querer coincide com o que, de fato, acontece. E isso é muito bom. Porque o meu presente é melhor do que qualquer coisa que eu já tenha desejado.

Wednesday, November 15, 2006

TRISTE

Criei esse blog para servir de escape às minhas tensões diárias. Antes fazia isso extravasando meu stress lutando judô. Passava as noites levando, em média, 247 tombos, e voltava para casa suada, roxa e toda feliz. O judô se foi enquanto durar o repouso da luxação, grau II. Parece que minha clavícula está onde não deveria, e até lá, molho completo! O que me preocupa é o fato de uma pessoa muito querida ter-me dito que achou o conteúdo desse blog triste. A intenção era contar meus desastres amorosos de uma maneira divertida. Se transmiti tristeza, me perdoem. A idéia primeira não era essa.

Tuesday, November 14, 2006

FRACASSOS AMOROSOS

Por esses dias, uma amiga querida me telefonou desesperada. Disse :"querida, briguei com meu namorado e preciso de seus conselhos!!" Aquilo me soou tão estranho e inesperado, pois como ela poderia querer conselhos de quem só coleciona fracassos amorosos? Continuei firme no meu papel de amiga. Ouvi tudo que ela tinha a dizer pacientemente. E a cada instante, a cada lamento, eu só ficava pensando :"o que vou dizer a ela, meu Deus"? Daí pensei na nossa diferença de idade, que é de dez anos, e concluí que eu deveria ter mesmo algo a dizer. O problema dessa minha estimada amiga é que ela está com uns quilinhos a mais acumulados, e seu namorado quer que ela emagreça a todo custo. Minha idéia primeira foi dizer, "querida, larga logo esse imbecil". Ainda que ela tivesse me pedido intromissão, achei que isso seria demais. Daí me lembrei que passei por uma situação semelhante com meu noivo nº2. Simples. Era só dar a solução que dei na época. Ou talvez não. Eu chutei o imbecil e depois emagreci. Acho que não deve ser um bom conselho tendo em vista que ela parece do gostar do imbecil que a acompanha. Ele, como meu noivo nº 2, a conheceu gordinha e assim se apaixonou por ela, não por seus glicídios em excesso. Mas será que eles estão totalmente errados? O outro não tem que estar e querer estar lindo, cheiroso e gostoso para nós também? Acabei sentindo pena de meu noivo nº 2. Na época eu deveria ter uns 25 anos e pesava 83 quilos. Pobre garoto. Agüentou até demais, literalmente. Acredito que temos de ser bonitos para nós mesmos, mas para o ser amado também, para que o amor se renove a cada dia; e esse amor começa na admiração, na atração e precisamos sim, estar cada vez mais bonitos. Não tive coragem de dizer isso à minha amiga.