Friday, November 17, 2006

MORTE

Hoje minha irmã escreveu para mim falando sobre a morte. Ela dissertou de uma forma tão consciente, tão reta, como tudo que sempre desenvolve.
Talvez pelo fato dela ser jornalista e saber lidar bem com as palavras; ou talvez por já ter constituído uma família, e a morte poder significar ameaça, ruptura, fim.
Ela diz “A gente não se conforma com a morte porque nos consideramos - e somos mesmo - muito maiores que ela.
Pense: nossa mente, até onde ela pode nos levar? a tudo, não é mesmo? Afinal, nossos pensamentos não têm limites, nossas idéias extrapolam horizontes, nossa ações superam dificuldades...
Mas tudo isso, está dentro de um corpo, uma carne, ossos e sangue, algo muito animalesco infinitamente menor que a capacidade de nosso cérebro...
Então, numa noite em que acordamos de sobressalto, com insônia, e cheios de ansiedade, sentimos... nosso coração, um órgão movido a músculos e sangue, se não me falhe a memória do colegial, está acelerado! contrai e descontrai, e sentimos isso, assustados... será que morreremos no instante seguinte? Pânico...
É isso, enquanto nosso pensamento é gigante, nosso corpo é inútil. E um dia a morte é consumada e fim...
O consolo é acreditar na vida depois de tudo isso, ou simplesmente não pensar em nada..."(PCGS)
Ainda não sei se consigo entender que alguém viva, ame, se apaixone, tenha filhos, amigos maravilhosos, sorria muito, chore, lute, vença, perca, dance sua canção favorita, leia, respire e depois não mais.

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