Saturday, August 30, 2008

Vou falar de mulher porque sou mulher

Um amiga querida (que saudade, Carolina!!) diz que 'mulher bem comida não dá trabalho'. Ótima frase, minha amiga, mas vou discordar de seu teor. Acredito que se você dá carinho, recebe carinho, se dá atenção, recebe atenção, se você bate, toma tapa, é o velho princípio da ação e reação, então, minha amiga, concluo que uma mulher que se sente amada e é amada de verdade, amará tão intensamente quanto, e, portanto não dará trabalho.
Quanto a ser bem comida, claro que isso é maravilhoso e a mulher vai sentir sua auto-estima nas alturas, mas nada ainda nesse universo supera o amor. E nas pequenas coisas que percebemos atenção, como ganhar um bombom de que gostamos, um bilhetinho bobinho escrito ' te amo', uma visita surpresa num dia estressante de trabalho, essas bobaginhas lindas que quem ama está sempre disposto a receber, sem achar brega, mesmo sendo.

Tuesday, August 26, 2008

Complexo de Troféu

Quantas pessoas se aproximaram de mim porque sou advogada. Como se isso fosse alguma coisa! Não é difiícil perceber as intenções. Basta ligar o sensor!! Tem pessoas que não conseguem disfarçar, fica estampado na cara. Mas nem sempre consigo isso e acabo me envolvendo. Dou meu sentimento mais verdadeiro, enquanto que o outro apenas quer exibir seu troféu conquistado. O problema é que sempre saio machucada, ao passo que a outra pessoa sai em busca de mais troféus para completar sua coleção. Será que devo buscar um troféu para mim também? Entrar nesse jogo ? Não é da minha natureza uma filhadaputice dessas!
O que se ganha com isso? Mesmo para o buscador do troféu, não vejo lucro. Ganhou somente ilusão e perdeu a chance de viver de verdade, perdeu sua personalidade numa brincadeira sem graça, pedeu a oportunidade de ser pessoa, de construir algo bom, de tornar-se humano, para ser só mais um, que nada acrescenta no universo. Que seja feliz com sua estátua e com a pobreza de sua alma.

Thursday, August 21, 2008

Ninguém erra porque quer

Como os fracassos amorosos ainda são a tônica da minha vida, elaborei um kit de sobrevivência a você mariposado que vive a angústia de um amor desfeito. Anote, pode ser últil :
Você vai passar por várias fases : negação, raiva, arrependimento, saudade. Não sei em qual ordem vai acontecer. Para cada pessoa é de uma forma. Curta cada uma (a raiva é a mais divertida e talvez a fase que mostre que você está, de fato, superando).
Ligue para a pessoa amada quantas vezes for necessário, mesmo que seja para mandar tomar no cu ou perguntar o porquê de ter feito ou deixado de fazer qualquer coisa. Isso ajuda a exorcizar!!
Tire da frente fotos ou outras recordações;
Não fique falando no assunto sempre (o silêncio ajuda o esquecimento, acredite);
Não queira voltar para a pessoa só porque sentiu saudade ou porque se sente carente (esse é o maior erro do universo, fazer coisas por causa de carência);
Ache defeito em situações que você não tenha gostado em seu relacionamento.
Elenque tudo que você não gosta no ser amado. Tudo mesmo!!
Não entre nessa de tomar um porre. Talvez bêbado você faça coisas de que vai se arrepender depois. O álcool não ajuda nesses momentos; em outros, recomendo sempre..rs.
Quanto a ir em zona, nada posso relatar, já que sou menina. Essa parte deixo para os representantes do sexo masculino (só não deixe de usar camisinhas);
Se você for uma garota, faça compras, resolve mais que um psicólogo;
Esse kit sempre me ajudou. Espero que seja de alguma serventia a você.
* * *

E mariposa voa sozinha novamente e agora com grande alívio. Por um lado, me sinto triste e cansada de tanta dor, por outro me sinto leve, livre da obrigação do 'felizprasempre'.
Estou certa agora que devo seguir minha vida sozinha. O amor não se encaixa em mim. É estranho saber que ninguém me espera, que ninguém queira saber sobre meus temores ou minhas mais bestas novidades. Mas é tão boa a sensação de que posso errar agora o quanto eu quiser sem ninguém me jogar nada na cara. Sem cobranças. Livre. Voar. Zanzar.
Estou, enfim, livre da obrigação de ser feliz. Posso chorar à vontade agora. Um brinde à liberdade da prisão de ter que ser feliz o tempo todo. E viva as desilusões, os desfatos, os desamores : um brinde, Mariposa, que sejamos felizes para sempre na nossa infelicidade.

Monday, August 18, 2008

?

Comemorei, por esses dias, 10 anos de formada. Que alegria recordar as festividades, as solenidades (zzz...zzz), um sorriso imenso no rosto junto da esperança de uma nova vida e profissão.
Ao mesmo passo que soube da morte de uma amiga da turma. Que estória mais triste. Grávida se viu com um câncer. Por sorte o bebê se salvou, enquanto que vai crescer sem sequer saber como era o rosto angelical de sua mãe.
Isso me fez repensar minha vida. Tantas coisas ainda não fiz. Já não vejo graça em muita coisa.Viajei pouco. Conheci poucas pessoas. Não fiz nada de emocionante.Envelheci de repente. E ando chorando tanto. Por que? Para que? O que pretendo? Qual é o plano da minha vida? Sobreviver? É só isso? Tanto para nada?