Sunday, November 30, 2008

Onde até os coreanos vieram da China

Está bem. Eu confesso: devo estar enlouquecendo mesmo. Estive ontem com minha amiga morcega em São Paulo mais uma vez para compras de Natal. Afffffffffff...
Por um momento, naquele mar de pessoas e aquele cheiro de humanidade, entalada entre umas senhouras pouco educadas e muito obesas, no circo que foi para entrar na Rua Oriente, pensei estar tendo uma visão do que se assemelha ao inferno. E calor, muito calor. Litros e litros d' água. Estou até bronzeada! Tá ... tá, vermelha só.
Mas os preços das mercadorias compensam qualquer sofrimento. Por várias vezes pensei que não aguentaria dar mais um passo, mas quando via um vestido lindo por 30 reais, a dor passava rapidinho. i.
Passei pela rua das noivas...ah, que vontade de me casar!!!
Se eu tinha algum desejo lésbico reprimido, devo ter resolvido ontem porque passei a mão (sem querer) em tantas bundas e peitos que já nem sei.
Dessa vez nem tive forças para brigar no busão. Aliás, tenho a sensação de que apanhei.
Enfim, comprei a 'brusa da donatela', quase comprei chocolate 'sufrair, da nestrê', e muitas coisas de 'trei por déi reau', tudo made in China.

Friday, November 28, 2008

O fiel escudeiro

Desculpe-me, mas hoje eu vou chorar. Não consigo imaginar meu dia a dia sem meu fiel escudeiro. Ouvir suas loucas estórias. Dar risada com suas trapalhadas. Ouvir suas broncas. Contar com sua amizade, seu companheirismo. Dar nossas polêmicas de sempre. Viajar para Maringá. Brigar. Sim, já até brigamos. Irritá-lo com meus fracassos amorosos. Ouvir seus conselhos mais doidos.
Sempre tivemos a idéia de todos ir embora juntos, mas ele se adiantou.
Claro que chorei na despedida. Talvez esse seja o dia mais triste do meu ano.
Não houve dia mais feliz que o que retornou ao nosso convívio. Parecia que seria para sempre. Mas..
Eu sei que sempre estaremos juntos. Mas estranho não ver todo dia aquele sorriso lindo, as bochechas vermelhas na timidez de quando fala bobagem, a beleza de um menino num corpo de homem, a integridade e o caráter que jamais vi.
Acho que ainda vamos nos casar! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!

Saturday, November 22, 2008

TEMPO, MANO VÉIO

A ação do tempo é realmente impressionante. Como torna tudo um nada qualquer. A dor que era intensa e parecia nunca se dissolver, vai doendo cada dia menos, menos, menos até não doer mais. A chegar a um ponto a se questionar se realmente algum dia doeu? Quando sinto dor forte, de amor, de saudade, de paixão, gosto de me lembrar da sábia frase de um amigo que talvez me conheça melhor que eu mesma conheça meus sentimentos : 'você sabe que supera'. Porque tantas vezes me viu chorar e achar que era o fim e não era. O que era? Não sei dizer. Talvez ainda seja cedo para concluir qualquer coisa. O que de fato existe é um forte modo de resolver as coisas. Muitos podem dizer que não foi muito convencional. Mas foi o jeito que escolhi e sei que dá certo para mim. Chorar tudo de uma vez, sem colcocar máscaras. Sofrer. Sentir saudade. Ouvir músicas daquela estória. Ver fotos velhas. Sentir o perfume. Tentar resgatar o sentimento, sem sucesso, mas tentar. Para que se um dia me questionar sobre aquele amor, vou saber que fiz tudo para tê-lo de volta, e se assim não foi, não foi por culpa de tentar.
"Quando me sinto fraco é que sou forte".

Thursday, November 20, 2008

A sacoleira

Ainda naquela linha de idéias de fazer coisas que nunca tinha feito antes, ontem me aventurei no mundo das compras em São Paulo. Chegamos, eu, meu cabelereiro e uma amiga em comum, às 04:45h na paulicéia desvairada e já aportamos na feira da madrugada. O paraíso! Bijoux muito baratas! E que torre de babel! Uma mistura de coreanos, alguns árabes perdidos, baianos e muitas outras etnias e línguas misturadas num mar de roupas, bolsas, bijuterias e outros bichos. E eu lá fazendo minhas comprinhas, esvaziando meus quatro bolsos de bem pouco dinheiro e pedindo brindes por onde passava. Xhsisisoss0, disse um moço, que suponho ser de origem coreana, para mim. Não sei se mandou à pqp ou disse: que bunda grandeeeee, hein... e nenhum brinde!! Deixa para lá. Uma moça me passou uma nota de vinte falsa. Putz..e eu a repassei no táxi. Ce la vie! Depois eu disse ao meu pessoal : correeeeeeeeeee e não olhe pra trás, que depois eu explico. Já entrei no clima.
Conheci o mercado municipal, mas não comi o famoso lanche de mortadela. Oh, dieta. Entrei na famosa Igreja de São Bento. Igreja que nunca se entrou, 3 pedidos. Deveria ter pedido resistência física.
E vamos para a Rua Vinte e Cinco de Março. “Olha o rapa!!” E de repente, as barraquinhas somem em fração de segundos. Olho o mesmo lugar e a barraca se transformou numa maleta que o sujeito carrega tranquilamente como se nada tivesse acontecido. Rapidez total!!
E vamos para o Braz. Blusinhas, vestidinhos...ah!! Que raiva dos preços de minha cidade. Dá até vontade de me tornar uma sacoleira profissional. Bom, isso depois de comprar pés novos. Será que vende em dúzias por 10 reaus também?
Sinto uma fina chuva e muito frio, e me lembro, afinal, que estava na terra da garoa. A palavra voltar é a expressão mais linda do dia, pego meus sacos e mais sacos e caminho sem sentir a ponta dos dedos até o buzão. E nem o ônibus dá partida, já estou dormindo e babando até o longo caminho de volta se completar.
Saldo: 10 reais e vinte centavos na carteira, badulaques e mais badulaques nas sacolas, sem pés, muita alegria pelas compras e a encantadora sensação de voltar à minha vidinha de todo dia, claro, estreando meus artigos novos.

Tuesday, November 11, 2008

ALMA DE GORDINHA



Enfim, iniciei semana passada minha 48ª dieta do ano. Espero nessa obter algum êxito, ou ao menos, que seja um pouco mais longa que as demais quarenta e sete. Muitas delas começaram na segunda e terminaram na segunda mesmo. Outras ficaram apenas na idéia. Outras duraram uma ou duas semanas. Teve a clássica, claro, de começar na segunda e terminar na terça, antes ainda do café da manhã. Não sei o porquê, mas acho que essa é séria. Muito embora ando sonhando com comida novamente. Essa noite sonhei que havia um bufet só para mim e comia e comia sem parar.
Dói a cabeça, o estômago ronca, o olhos ficam fundos e brilham ao sentir o cheiro de pastel dos amigos magros. Mas eis aqui uma mulher forte e determinada. Que caminha e nada todos os dias, come ração, salada, pacotes e pacotes de gelatina diet, recusa bolos, doces, pastel, se entope de barrinhas de cereal mil, e tem lindos sonhos glicídicos.
Hoje ao olhar o Geraldo, um negro muito bonito e colega de trabalho, senti um desejo imenso de comer bolo de chocolate.
Tenho salvação??

Sunday, November 09, 2008

Comer tatu é bom

Nessa aventura de fazer coisas que nunca tinha feito antes, ontem fui conhecer uma casa noturna de caráter um tanto quanto duvidoso. Homens de chapéu, mulheres de short minúsculo ou um decote até o umbigo, música sertaneja (aiiiiiiiii), e a cerveja estupidamente gelada. Muitos, mas muitos seres estranhos! Confesso que ficava a pensar de que livro saíram.
Sem dúvida, posso dizer que foi uma noite diferente, embora ainda não tenha concluído se gostei ou não. Na verdade, acho que não tenho mais idade para esses programas. Ficar de pé a noite toda, gente chutando, pisando no pé ou fumando no meio da multidão.
Que dor nas costas, e olha que nem comi tatu!
O pior de tudo é que tiraram foto para registrar o momento!

Saturday, November 08, 2008

O pé de pato

Pois é. Mais uma primavera na vida de mariposa. Prestes a perder o emprego, sem amor, sem dinheiro, viciada em creme renew, a velha e boa esperança de que tudo se ajeitará e os amigos que hoje representam parte do meu sorriso. Bem, bolo de chocolate sempre tem também, não? Seguida do peso da consciência e claro, o peso dessa bunda hiper mega power turbo que tenho ali atrás.
E meu mais novo bibilô : um par de pé de pato!
Enchi tanto que eu queria pé de pato para nadar que meus amigos me deram hoje de presente. Foi, sem dúvida, o melhor presente da minha vida.
Corrigindo : Mariposa, 34 anos, sem emprego, sem amor em vista, sem dinheiro, com muito creme renew, bolo de chocolate, peso na consciência, os amigos mais incríveis do universo e um par de pé de pato.