Lista

Quero um homem para mim. Um homem que não goste do Chaves. Que não goste de internet ou ao menos que o mundo não acabe quando não houver um computador por perto. De preferência, que nem saiba o que é orkut. Que não seja músico, nem ator. Que abra a porta para mim. Que quando eu chamar, pare tudo o que está fazendo e venha com um sorriso lindo no rosto. Que me faça rir e que me pegue no colo quando eu cismar de chorar, ainda que não tenha nenhum sentido. Tem que gostar de animais ou jamais maltratá-los, não é preciso poupar a a vida das baratas (não vamos exagerar também!!). Que já tenha concluído a faculdade. Que goste de dançar, mas não de se exibir. Não precisa ser bonito, mas tem de ter uma linda voz.
Que diga "amo você" toda vez que nos despedirmos, para que se algum dia algo acontecer, será a última coisa que tenha dito.

Amor de Destruição

Não há uma pessoa sequer que não tenha acompanhado o caso do jovem Lindemberg Alves, de 22 anos, que manteve a ex-namorada Eloá e a amiga Nayara, ambas de 15 anos, como reféns por cinco dias em um apartamento na cidade de Santo André, em São Paulo. Na última sexta-feira, 17, o Gate (Grupo de Operações Taticas Especiais) invadiu o local e o incidente culminou na morte de Eloá.
Sem adentrar no mérito da culpa e o despreparo da Polícia, bem como nas interferências abusivas e fantásticas da mídia, nada disso, quero somente dizer/escrever que a atitude desse menino não passa nem longe de amor.
Uma obsessão, loucura, ciúme doentio! Espero que ninguém imite isso!

Ciclo

É estranho estar num lugar sabendo que será a última vez. Olhar todos os dias o mesmo cenário, a mesma mesa, a mesma prateleira empoeirada e cheia de livros, com a impressão de que assim seria para o resto da vida. Confiar nos mesmos rostos, ao mesmo tempo saber que cena igual nunca mais verá. Nada mais será como antes. A amizade ficará? Espero que sim. Coisas melhores virão? A cena diária passará ao patamar de lembranças. Muito boas lembranças, a propósito.
Vou com a consciência tranquila de que fiz, não o melhor, mas o melhor que poderia fazer. Foi bom? Foi correto? A vida responderá.
E que outros venham cometer os mesmos erros ou quem sabe outros tantos e muitos acertos também.
E a vida nunca pára...

O pleito

Pela primeira vez, trabalhei nas eleições para o pleito de Prefeito e Vereadores. Muito interessante participar do processo democrático. Estava eu lá das oito às dezessete na pele de fiscal. Boca de urna? É crime, minha filha, guarda isso aí, se não chamo ‘os home”. Na verdade, mais ajudei o pessoal a encontrar sua seção que qualquer outra atividade mais interessante. Passei uma grávida à frente dos outros eleitores, encontrei pais perdidos de filhos inconsoláveis, conduzi os velhinhos às suas urnas, instruí as pessoas a se vacinarem contra a rubéola, e torcia ali, pelos meus preferidos, assim como os cabos eleitorais, curiosos e muitos candidatos que por ali passavam.
Nada saiu como planejado. Meus candidatos não se elegeram e acho que perdi mais do que tinha.
Mas estou aqui.

MOMENTO DE FÉ

TENHO CERTEZA DE QUE O PLANO DE DEUS SOBRE MINHA VIDA É BEM MELHOR DO QUE QUALQUER PLANO QUE EU POSSA IMAGINAR. SEI QUE ELE ME DARÁ O QUE PRECISO E DO QUE POSSO CUIDAR. NADA MAIS. ALEA JACTA EST!