Monday, June 04, 2007

Chiozzada

Sábado o clã Chiozzi comemorou bodas de pérola de meus tios, o que deve ter-me rendido uns dois quilos de açúcar e glúteos.
Aliás, notei que meus largos quadris têm origem genética. Nem os homens escapam à maldição. Até o(a) mais magrinho(a) vinha lá rebolando aquela buzanfa enorme.
Mas foi muito divertido cantar "Galopeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeira, nunca mais te esquecerei" abraçada a meus lindos e alcoolizados primos. Como crescem esses meninos!!!
Em tem sempre aquela prima que chora e bebe e chora e continua bebendo!
O primo que jovem perdeu os cabelos é sempre o mais caçoado. E eu tenho um tio português. É sério!! Made in Ilha da Madeira! Por sorte, ele não foi. Mas a Chiozzada compareceu em peso no seu melhor estilo equilibra-copinho, todos com a língua afiada para perguntar porque não me casei. Óh, céus!!
E quem precisa se casar se tem docinho de damasco com creminho e chocolate?

2 comments:

Anonymous said...

Pois é Mariposa... Estas festas de família sempre carregam aquelas famosas frases de efeito e perguntas tão batidas pelo tempo, mas que, mesmo assim, ainda nos fazem dizer um belo "Éh, éh!" Mas sabe que não são apenas os familiares que adoram tais perguntas. Sinto isso na pele, como minha irmã, como vc e, com certeza, como milhares de outras como nós. Explico: meu pai, já no tom da brincadeira, porque não tem mais por onde, sempre chega da rua falando que encontrou fulano ou beltrano, e que a pergunta que nunca cala é: "suas filhas são casadas?", "ah, não casaram?", como se vc tivesse sido acometida por alguma doença incurável. Como isto é importante para as pessoas, parece até que para algumas é atestado de fracasso pessoal, já percebeu? E os comentários, tipo: hum, essa aí não casou coitada, deve ter algum problema" ou "tão sozinha, não tem família a coitada"; como se o fato de vc ter que discutir sobre a toalha molhada em cima do seu vestido novo ou se vocês irão ao batizado para ser padrinhos da fulaninha fosse um verdadeiro troféu. Parece que a felicidade, nestes casos, está no fato de vc se reunir com as amigas no final de semana para falar mal do marido, para reclamar das contas e disputar qual é aquela que tem a vida mais perfeita. E ainda descobrir qual já adquiriu o mais novo "Manual para Reconquistar o Marido em 7 Lições, com uma linguagem simples e prática, porque se, vc não reconquistá-lo, garantimos seu dinheiro de volta!", e por aí vai...Isto é felicidade? Concordo que para muitos sim, e realmente pode ser mesmo, mas também sabemos que não é nenhum crime e é perfeitamente possível haver felicidade para os não casados... Pelo menos podemos nos reunir com as amigas para falar de qualquer homem, e não só do nosso marido, para falar das contas da internet, maquiagem e quantas meias-calças de trabalho foram para o beleléu no mês, não ter que explicar para ninguém o por quê de vc ter comprado ooooooutro sapato, e, o melhor de tudo, não investigar o maravilhoso manual, mas sim poder trocar experiências de cada conquista surpreendente que fazemos em cada encontro (mesmo sendo sempre com aquele mesmo ser adorável); porque , afinal de contas, depois do gemido embriagante, não teremos que discutir para ver quem levanta para apagar as luzes, para ver se desligou o gás da cozinha ou, ainda, ter que limpar o cinzeiro no outro dia. Será que tudo isso não conta?

Anonymous said...

Cara "sev",

Confesso a você que esse tipo de comentário "por que você não se casou" não me causa nenhum tipo de constrangimento. Não vou mentir para você, pois eu gostaria de brigar pela toalha no vestido e de dar satisfações sobre mais sapato novo. Porque junto da toalha molhada e o recibo do sapato novo vem uma doce e carinhosa voz perguntando se eu quero sair pra jantar ou se pediremos uma pizza em casa enquanto assistimos a um filminho tolo abraçados no sofá. Porque junto disso, sev, virá uma segurança muito grande que hoje não tenho e que sinto muita falta. Aquele abraço sem qualquer intenção que envolve meu corpo todo e me faz sentir única no mundo.
Aí você pergunta : por que precisa ser um marido? A resposta é simples, sev, porque a vida humana está pautada na família. Se você não se casar, nem tiver filhos, o que vai fazer da sua vida? Criar cachorros ou gatos na velhice? E quando você precisar, quem cuida de você?