Monday, June 18, 2007

NADA É PARA SEMPRE (MESMO!!... Graças a Deus)

Passei o final de semana na cidade de São Carlos, na companhia de amigos. A cidade da tecnologia que está mais linda do que nunca. Quantas boas lembranças daquele lugar.
Recordamos o local em que tomamos um porre fenomenal quando do 107º exame da ordem, há quase nove anos atrás. Deve ter sido um dos maiores 'pileques' da minha vida; mas tínhamos licença poética para isso, não é mesmo ? Aquela prova era a tortura em vida dos estudantes de Direito. É assim até hoje.
E quem poderia prever o futuro que, à época, era tão certo, todo calculado. E nada do que estava previsto aconteceu. Eu iria me casar com meu primeiro namorado que era então meu noivo, seria advogada junto de meu pai...ah, e claro, seria aprovada no exame da ordem.
Não me casei. Depois daquele noivo se seguiram ainda mais dois. Trabalhei com meu pai até ano passado, pois agora sigo sozinha. Fui aprovada no exame, todo aquele álcool não foi desperdiçado em vão.!!
Nunca me imaginei trabalhando com Direito Tributário e Administrativo que hoje são meu viver.
Os amigos continuam os mesmos, só com menos tempo e disposição alcóolica e, no meu caso, abstinência total (quem diria?).
Preocupo-me com o dia em que não puder mais realizar mudanças. Foi isso (mudar) que tornou minha vida, vida.
Não posso afirmar se a mudança foi melhor que o plano original, apenas posso afirmar que sou uma estúpida feliz e fiel ao que virá, sem me importar se amanhã estará tudo no mesmo lugar.

2 comments:

Anonymous said...

Ainda bem mesmo, Mariposa, que nada é para sempre ...
Ainda bem que cada momento vivido sabemos que não durará. Poderá mudar para melhor, para pior ... mas mudará! E isto não é incrível? Mesmo quando a coisa muda para pior, podemos enxergar algo de bom no acontecimento ... quer dizer que foi vivido, de alguma forma.
Já pensou se soubessemos que o momento maravilhoso de hoje vai estar acontecendo daqui há 10 anos? É claro que não estará, ou estará acontecendo de uma forma diferente, com a nossa capacidade de compreensão diferente, com nosso olhar diferente. Mesmo assim, ainda bem que podemos imaginar o diferente daqui há algum tempo, pois assim temos a capacidade, ou pelo menos tentamos, viver o minuto de agora intensamente. Olha que chato se pensassemos: ah, daqui uma semana vai acontecer desta mesma forma, então posso esperar, ou não preciso saborear tão bem hoje. Como isso seria sem graça! Acho que se pensassemos que tudo é para sempre, quando chegassemos lá, no sempre, chegaríamos à conclusão que o nosso relógio esteve parado todo o tempo. Se tudo foi para sempre, quer dizer que não experimentamos nada novo, que não saboreamos aquele sabor novo, que não ousamos ..., que nunca, ao andar se equilibrando sobre os trilhos do trem, de propósito, caímos para esse ou aquele lado, só de charme ... Que chato conseguir se equilibrar o tempo todo!
Quanto às lembranças, no caso que vc especificou, que dia para lembrar, e que bom que tudo está mudado, senão não seria lembrado com nostalgia (boa, claro). O porre homérico, regado a chopp, champanhe e peixe com molho de alcaparra (urgh!!!), lembramos com saudade. No meu caso, não passei na Ordem na ocasião, não sabia o que ia fazer ainda, e, com certeza, não estava noiva nem ia me casar, aliás, não tinha nem namorado (ah, a propósito, até hoje não senti a tal sensação do noivado muito menos do possível casamento). Bom, voltando ... se tivesse acontecido o planejado com vc, como vc teria vivido coisas novas nestes últimos 9 anos, tanto boas como ruins; mas viveu; e também, se o seu planejado tivesse saído como programado, vc nunca teria visto esta que vos fala chorar na areia da praia naquele entardecer (que os leitores não pensem besteiras)...
O bom, Mariposa, de tudo, e apesar de tudo, é que nosso relógio está andando, e não está parado (apesar do tempo ser nosso fiel vilão e maravilhoso herói), e nós, com certeza, fazemos com que ele trabalhe com mais ritmo, com mais intensidade, com mais brilho. Porque, Mariposa, nós brilhamos, sempre ...

Anonymous said...

É Sev, você disse bem, é muito bom que tudo mude, não importa como.
Sabe, odeio música sertaneja, ainda que a música de que mais goste seja "Tocando em frente", do Almir Sater, principalmente quando diz que "o importante é compreender a marcha e ir tocando em frente..."; entender os motivos das mudanças e simplesmente seguir, sem grandes indagações e sem tentativa de prever o futuro, mesmo porque nem poderíamos...já que tudo é tão inesperado. Quem diria que aquela quase-alcóolatra que fui não beberia mais sequer uma gota de álcool? Até hoje eu tenho de me convencer que isso é verdade.E é. E é o meu presente. Até na coisas ruins, Sev,soube, enfim esperar a chuva passar, porque "é preciso chuva para florir".
Não que eu seja um poço de sensatez; muito pelo contrário, você sabe sempre segui o meu coração, "estrada eu sou".