Sunday, December 28, 2008

O sapo

Era uma vez um sapo. Um sapo como outro qualquer, que vivia numa lagoa, etc e tal. Certa vez o sapo conheceu uma garota, uma sapinha, diria. Viveram um romance, ambos chegaram a pensar que enfim haviam encontrado a tão perseguida felicidade.
Não demorou o sapo se envaideceu de seu amor, amor por si mesmo. Estava tão cego, tão cheio. Não via que a beleza estava nos olhos dela. A segurança vinha dela. A confiança era ela. Ele era sim, o sapo mais incrível do universo de suas lagoas, mas só para ela. Preferiu deixá-la antes mesmo de perceber a verdade, e a verdade eram os olhos dela. O riso dela era seu porto seguro.
Ele a deixou sem nada notar.
O seu coração deixou um lugar vazio.
Houve silêncio.
E quantas oportunidades ela deu para que o sapo percebesse seu engodo. Infinitas chances de ver que eles só eram o que eram, juntos.
O sapo insistia em acreditar no vento. Em negar que seu sorriso somente era sorriso quando se encontravam, em raros momentos.
Não houve final feliz como previsto no livro.
Porque era só um sapo. Um sapo só.

2 comments:

Anonymous said...

quem é o sapo, mariposa?

Anonymous said...

Olá João,
o sapo é um amálgama.
É uma junção de várias pessoas numa mesma.