Thursday, February 04, 2010

Relíquias de gaveta velha


Estava aqui remexendo minha gaveta de documentos e poeiras. Encontrei dezenas de inutilidades que não tive coragem de jogar.

Notas fiscais que são úteis, algumas inúteis, outras de produtos que nem tenho mais.

O meu primeiro exame admissional grampeado junto do demissional de anos mais tarde.

Meus carimbos de mulher de poder. Perdoe-me o serviço público, mas me apropriei de algumas lembranças que lá iriam virar só lixo.

Vi fotos velhas de quando era nova. Do cabelo loiro, longo e encaracolado, dos óculos enormes, da turma animada de Direito no barzinho da faculdade, junto dos amigos que já se foram.

Extratos de contas, contratos bancários. Por que guardei isso?

Bilhetinhos de amor!!! Quanta mentira!

Quem tira foto sorrindo para crachá? Me fala!

Uma dedicatória do insequecível e saudoso professor de processo civil desejando sucesso profissional na vida após o término do curso. Será que houve vida? Sucesso?

Pensei em jogar, mas não consegui. Era um monte de papel velho que contava um pouco de mim num espacinho na gaveta.

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