Tuesday, July 14, 2009

Ditadura do celular

Desde a invenção do celular, ninguém mais tem sossego. Antes, se alguém liga para você e você não está, azar de quem ligou. Agora você está no mercado comprando bananas e seu bolso começa a tremer ou tocar aquelas incríveis musiquinhas (desculpe-me, meu celular é de pobre e não toca mp3 e o escambal A4). E por falar nisso, quanto mais pobre é a pessoa, mais cheio de 'bosta de galinha' é o celular. Parcelou em parecelas suaves e eternas para ser o legítimo pai de santo, só recebe, mesmo porque ou paga a parcela ou põe crédito, por favor, né.
A utilidade desse pequeno irritante é tamanha. Confesso. Quando quebra o carro na estrada ou quando se está numa situação de perigo e até mesmo para matar um pouco de saudade do meu amor. Mas não entendo porque pai, mãe, irmão, bebê, cachorro e papagaio precisam de celulares independentes e sem créditos entre si.
A menina não quer mais a barbie do ano, ou quer um celular ou um notebook. O garoto deixou até os tais videogames para trocar mensagens ininteligíveis com o amiguinho que tem celular de último geração.
Não quero fazer apologia ao passado, nem ficar presa em décadas remotas, mas isso está indo longe, ou tão longe quanto a torre de transmissão alcance.

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