Nem dó nem piedade

Não sinto pena dos problemas das pessoas, mesmo porque trabalho com os problemas alheios e se com eles for me envolver, serei uma péssima profissional, não que não seja. Mas enfim, acredito que o problema da pessoa cabe em seu manequim. Uma porque colhe aquilo que planta e outra porque se soube se envolver no problema, sabe, ainda que instintivamente sair dele.

Há pouco tempo, participei de uma audiência de um jovem cliente de pouco mais de 19 anos, acusado de tráfico ilícito de entorpecentes, e assisti sua mãe e familiares se descabelarem ao vê-lo passar algemado pela estreita sala de espera do Fórum e mais desespero ainda quando o menino deixou o local no camburão da Polícia, de volta à penitenciária.

Passada a audiência. Finda toda a confusão. Entrei no meu carro, liguei meu radinho e saí dali ouvindo minha música preferida...